NASA: muito além do espaço
*Por Carlos Marmo, professor do Anglo Vestibulares
A NASA (Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço) foi fundada nos EUA, em 1958, com objetivo oficial de "fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial". Uma de suas maiores conquistas foi o lendário pouso do Apollo 11 na Lua, em 1969. Como bem disse o engenheiro Neil Armstrong (1930-2012), primeiro ser humano a pisar na Lua: "esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade". A partir de então, quando se pensa em inovação, criatividade e competência técnico-científica, uma das primeiras palavras que vem às nossas mentes é "NASA". Essa fama não é injustificada, já que ela também é uma referência para a comunidade científica mundial.
Mas de onde vêm todos os recursos necessários para a manutenção de suas atividades? Para que se tenha uma ideia, o custo da missão Apollo equivaleria, em valores atuais, a mais de 110 bilhões de dólares! Como a NASA é uma agência federal, a solução para esse problema foi conquistar o apoio do contribuinte estado-unidense. Para isso, a NASA foi transformada em uma espécie de símbolo do protagonismo estado-unidense no desenvolvimento científico-tecnológico mundial. Tanto é assim que a marca NASA passou a fazer parte do dia a dia das pessoas, chancelando diversos produtos e serviços, como, por exemplo, o popular travesseiro produzido com a espuma viscoelástica desenvolvida em parceria com a NASA (1966) e o filme Interestelar (2014).
Apesar do apelo ao patriotismo estado-unidense ter sido uma solução bastante criativa, muitas pessoas ainda não viam sentido em realizar investimentos tão vultosos em pesquisas espaciais sem uma visível utilidade prática imediata, quando há tantos problemas mais urgentes para se resolver aqui na Terra. Afinal, o que justificaria investir bilhões para investigar o inabitável planeta Marte, enquanto há tantas pessoas desprovidas de condições mínimas de sobrevivência? Trata-se de um bom argumento, sem dúvidas.
No entanto, grande parte dos avanços tecnológicos que usufruímos hoje, mesmo dos mais vulneráveis, nascem em centros de pesquisa pura, espacial, ou militar. No caso da NASA, pode-se citar diversos exemplos do nosso cotidiano, tais como os modernos tênis (que foram inspirados nos calçados dos astronautas), os termômetros infravermelhos (cujo princípio de funcionamento é o mesmo dos equipamentos que medem a temperatura de estrelas), o aperfeiçoamento dos detectores de fumaça e os aspiradores portáteis (que foram desenvolvidos para serem utilizados em estações espaciais), as lentes de óculos antiembaçantes e resistentes ao risco (cujo propósito original era equipar as viseiras dos astronautas), o desenvolvimento de equipamentos e técnicas de investigação por imagens utilizadas em geoprocessamento e exames médicos (muitos dos quais foram originalmente concebidos para a investigação de objetos celestes), entre outros. Como se vê, a NASA, assim como muitos centros de pesquisas espalhados pelo mundo, possui um tremendo potencial para mudar a realidade das pessoas. E para melhor!
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