A segunda dose de uma vacina é realmente necessária?
Por Marcelo Perrenoud, professor do Anglo Vestibulares
A resposta é sim! Para que essa informação fique bem clara, vale destacar a composição e a finalidade do processo de vacinação. As vacinas são tradicionalmente compostas por antígenos (vírus ou bactérias patogênicas) previamente atenuados ou mortos, ou por fragmentos desses antígenos. Assim, a vacina é capaz de estimular a formação de anticorpos pelo sistema imunológico, sem que o organismo tenha contraído a doença. Portanto, a vacinação é uma medida preventiva!
A primeira dose de uma vacina permite o contato dos antígenos com as células de defesa do sistema imunológico humano. Estas células são denominadas linfócitos e realizam a imunização primária. A segunda dose, permite um segundo contato do organismo com os antígenos específicos presentes na vacina. Prontamente os linfócitos reconhecerão o antígeno invasor — processo conhecido como memória imunológica —, e então haverá a produção mais rápida de mais anticorpos, caracterizando a imunização secundária.
As vacinas contra a Covid-19 já testadas e aprovadas necessitam de duas doses para que as taxas de proteção alcancem a eficácia estabelecida em estudos laboratoriais e clínicos. A CoronaVac, por exemplo, possui um nível de 62% de eficácia geral e 83% para casos moderados. Portanto, se alguém tomar apenas a primeira dose, não conseguirá atingir os níveis de eficácia e, dessa forma, não estará plenamente protegido contra o SarsCoV-2.
Assim, as vacinas estimulam a formação da memória imunológica no organismo, garantindo que, ao ser infectado pelo patógeno natural, haja uma produção intensa de anticorpos em um período curto de tempo, com grandes possibilidades de evitar que a doença se desenvolva. Portanto, as vacinas servem para prevenir que o indivíduo contraia uma doença, justamente por já estar imunizado contra ela.
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