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Física: três erros clássicos que você não deve cometer na dinâmica

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20/05/2016 10h22

*Por Harley Sato

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Na resolução de problemas de dinâmica, é comum que alguns equívocos sejam recorrentes. Alguns têm origem nos vícios de linguagem, outros, na intuição e senso comum e outros, na notação.

Vamos analisar três desses erros clássicos que você não deve cometer em uma prova.

  • Força é igual à massa vezes a aceleração (F = m.a).

Trata-se de uma forma equivocada de se notar a Segunda Lei de Newton, também conhecida como Lei Fundamental da Dinâmica. Há dois pontos que devem ser ressaltados.  O primeiro é que o correto não é dizer força (F) e sim, resultante das forças (R). Outro é que quando utilizamos "a" para aceleração, dá impressão que se trata da aceleração escalar, quando, de maneira geral é a aceleração vetorial av1. Para evitar erros, sugerimos compreender a forma precisa explicitada nessa lei: "a resultante das forças (R) é igual ao produto da  massa corpo (m) pela sua aceleração vetorial av1". Nesse caso, a notação correta é R = m.av2.

  • Para que um corpo esteja em movimento é necessário que uma força lhe seja aplicada.

Essa afirmação é extremamente intuitiva e faz parte do conjunto dos pensamentos do senso comum. Einstein dizia que o senso comum é o conjunto de preconceitos adquiridos antes de completar 18 anos. Veja que aqui a ideia de preconceito se refere a ter uma opinião sem ter nunca ter evidenciado sua veracidade, isto é, essa afirmação é aceita sem nenhum tipo de verificação experimental.

Essa frase, assim como outras que são do senso comum, deve receber atenção e analisada sob a luz dos conceitos científicos, que são aqueles saberes que se alicerçam no resultado experimental. Veja o que diz o ENEM sobre o tema:

Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

Portanto, fique atento, isso pode ser cobrado no próximo ENEM ou em algum vestibular!

Voltando à afirmação equivocada. Observações em experimentos mostram que é possível haver movimento sem que uma força seja aplicada ao corpo, desde que esse movimento seja retilíneo e uniforme. Essa última afirmação é de conhecimento científico e base do Princípio da Inércia ou Primeira Lei de Newton.

  • No ponto mais baixo do pêndulo em oscilação, a intensidade do peso é igual à da tração.

Mais uma frase equivocada com origem no senso comum. Sabe-se que, no ponto mais baixo da trajetória, a aceleração é centrípeta, apontando para o centro de curvatura da trajetória, isto é, para cima. Portanto, de acordo com o Princípio Fundamental da Dinâmica, a resultante das forças também é para cima. Como as forças aplicadas são o peso (vertical e para baixo) e a tração (vertical e para cima), conclui-se que a intensidade da força de tração (T) é maior que a do peso (P)

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Uma maneira para explicar o motivo do aumento da tração é que corpos executando trajetórias curvilíneas tendem a sair pela tangente. No caso analisado, essa tendência faz com que aumente a tendência do corpo separar do fio, aumentando a intensidade da tração.

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O Dicas de Vestibular é produzido e atualizado pelos professores do Anglo Vestibulares e do Sistema Anglo de Ensino.

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