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Medicina: como escolher a universidade pelo SiSU

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04/01/2016 16h07

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O Brasil tem, hoje, 256 escolas médicas em atividade. Dessas, 144 particulares e 112 públicas. No total, formam-se 23.381 estudantes de Medicina por ano. O Estado de São Paulo é o que mais possui faculdades de Medicina, com 44 escolas, seguido do Estado de Minas Gerais, com 39 escolas. No ano de 2015, até o mês de julho, os Ministérios da Educação e da Saúde autorizaram a criação de 36 novos cursos de Medicina no País, todos privados, constituindo 40,6% das novas vagas.

Com esses dados obtidos pelo Cremesp*, fica a pergunta: como escolher uma boa escola de Medicina? Que critérios devem ser seguidos para a escolha? A região do País em que a escola se encontra é fundamental na formação de um bom médico?

Todas essas perguntas devem ser analisadas com muito cuidado. Em primeiro lugar é preciso dizer que a maioria das entidades médicas é contrária à criação de novas escolas médicas. Isso porque é questionada a qualidade de muitas delas, o que gera resistência e contrariedade à abertura de novos cursos, além de se considerar que a quantidade de médicos formados no País já é muito grande.

Para se ter uma ideia, a China, com mais de 1,3 bilhão de habitantes em 2010, possuía 150 cursos médicos, enquanto os Estados Unidos, com população de mais de 300 milhões no mesmo ano, contava com 131 faculdades de Medicina. Então, como decidir na escolha da escola médica? Alguns critérios têm que ser obrigatoriamente considerados. Vamos elencar alguns deles:

Inicialmente, é preciso que o corpo docente tenha qualidade e seja constituído de professores e doutores qualificados, que realmente dirijam sua atenção ao ensino da Medicina em todas as suas especialidades. Em segundo lugar, é preciso conhecer o projeto pedagógico, ou seja, o curso é o considerado tradicional ou tem como base, desde seu início, a discussão integrada de casos? Um terceiro ponto a ser destacado é saber se a escola possui laboratórios adequados de Anatomia, Fisiologia, Histologia/Embriologia, Microbiologia, Doenças parasitárias, entre outros. Que exista uma biblioteca, ou equivalente, que sirva de local de consulta e de estudos pelos alunos.

Ao longo do curso, a escola deve ser capaz de oferecer estágios, sobretudo aos estudantes que, em um curso tradicional, estejam no quinto e no sexto anos. É fundamental que a faculdade possua um Hospital Escola, ou, pelo menos, um Hospital conveniado, no qual cada estudante disponha de, pelo menos, 5 leitos para o aprendizado, discussão de casos, postura e atitudes adequadas perante o paciente, tudo sob orientação de professores/doutores que devem acompanhar as discussões de casos então realizadas.

É preciso que a escola seja dotada de locais de pronto atendimento e ambulatórios, atendimento de emergência, UTI, equipamentos fundamentais para uma boa formação médica. E, claro, centro cirúrgico para o aprendizado dos futuros cirurgiões. Um ponto a ser destacado neste item é o correto aprendizado, por parte dos estudantes, da chamada relação médico/paciente, muitas vezes esquecida nos dias atuais. Para isso, a escola médica deve dedicar toda a atenção. Muitas entidades médicas destacam, ainda, a necessidade de uma visão social, que deve ser oferecida aos estudantes, no sentido de que se sintam convencidos de que a prioridade é o paciente, sobretudo aquele que procura centros públicos de atendimento, cuja recepção deve ser a mais digna possível.

Por fim, a residência médica. É consenso hoje que uma boa formação médica deve contar com alguns anos de especialização e, para isso, oferecer vagas suficientes de residência médica é obrigação de toda e qualquer boa faculdade de Medicina. Quanto à região em que a escola médica se encontra, é comum considerar-se que nos Estados mais ricos os cursos médicos são melhores. Nem sempre é assim. Tudo depende da existência de recursos adequadamente fornecidos e de uma boa equipe de profissionais competentes, bem preparados e bem remunerados, para a concretização de um excelente curso médico. Existem excelentes escolas médicas, sobretudo as públicas, em várias regiões do País e as descrições feitas acima podem ser excelentes auxiliares para uma acertada decisão.

Acreditamos que estes sejam os principais critérios na escolha de uma boa faculdade de Medicina. Se corretamente avaliada e preencher a maioria desses requisitos, certamente a faculdade de Medicina poderá formar bons profissionais da área médica.

*Fonte das informações: Jornal do Cremesp – Órgão Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, N. 328, Agosto 2015, páginas 7/9.

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O Dicas de Vestibular é produzido e atualizado pelos professores do Anglo Vestibulares e do Sistema Anglo de Ensino.

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