Compreender o funcionamento da TRI pode fazer diferença na hora da prova
*Por Marcio Castelan
Atualmente, o ENEM é a prova mais importante para os jovens que concluem o Ensino Médio e é de extrema importância entender seu método de correção. Tal conhecimento ajudará a traçar uma estratégia mais eficiente na hora da realização do exame e, consequentemente, irá melhorar seu desempenho final.
Os dois métodos de correção mais conhecidos pelos vestibulandos são: a Teoria Clássica de Resposta e a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
A teoria clássica é usada em provas tradicionais como a Fuvest, Unicamp e Unesp, onde as notas dos candidatos são calculadas baseando-se somente no número de questões respondidas corretamente. Dois candidatos que tenham acertado exatamente o mesmo número de questões terão a mesma nota, independentemente de quais questões cada um deles tenha acertado.
Na Teoria de Resposta ao Item (TRI), sistema de correção adotado pelo ENEM, o calculo não é tão simples como na teoria clássica. Por esse sistema, mesmo que duas pessoas tenham acertado a mesma quantidade de questões, a nota final pode ser diferente. O resultado vai depender de quais questões cada pessoa acertou. Isso porque as questões ou itens (nomenclatura usada oficialmente) são "calibradas" com base em três parâmetros: o poder de discriminação da questão, a dificuldade da questão e a probabilidade de acerto ao acaso, mais conhecido como "chute".
A correção pela TRI verifica se houve coerência pedagógica nos acertos. Para isso os itens são colocados em uma "régua de proficiência", ou seja, cada item apresenta um nível de dificuldade, do mais fácil para o mais difícil. Espera-se que as candidatas e os candidatos que consigam acertar os itens mais difíceis também acertem os mais simples, mostrando coerência nos acertos. A falta de coerência pode gerar discrepâncias significativas na nota, conforme o exemplo abaixo encontrado no site do INEP (órgão responsável pela prova do ENEM). Vejam que tanto o participante A, quanto o B acertam cinco itens, mas há uma diferença significativa na nota final devido à distribuição desses acertos.
Portanto, seja coerente! Na hora da prova faça como no jogo pega-varetas, onde sempre devemos retirar as varetas mais fáceis primeiro. Dê prioridade para as questões mais simples: se você percebeu que uma questão é difícil, procure outras mais simples e deixe as mais complicadas para o final. Visto que as questões mais difíceis só terão um peso grande caso as fáceis estiverem corretas.
Bom estudo!
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