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Argumentação no vestibular: o que não fazer na hora da redação

Dicas de Vestibular

11/06/2021 13h11

Por Daniela Toffoli, professora do Anglo Vestibulares

A redação, no vestibular, é uma das tarefas que causa maior receio nos estudantes, já que se trata, em geral, de um gênero textual não tão simples de ser elaborado: a dissertação-argumentativa. Por isso, é importante que o aluno tenha domínio sobre a estrutura desse gênero e conheça as técnicas para a sua construção. Mais do que isso, é imprescindível que seja capaz de elaborar parágrafos de argumentação – o "coração" da dissertação-argumentativa – consistentes e convincentes. Portanto, para ajudar você nessa missão, aqui vão algumas dicas sobre o que não fazer no momento de construir a sua argumentação:

  • Parágrafos expositivos: lembre-se de que você está escrevendo uma dissertação-argumentativa, ou seja, é preciso que estruture o texto a partir de fatos, dados e referências de modo a defender seu ponto de vista. Isso significa que, junto à exposição de informações, é necessário trazer um caráter analítico à redação: analise tudo o que está sendo apresentado para que seu posicionamento fique muito claro, ok?
  • Informações que não dialogam com o tema: quem nunca ouviu que, a fim de produzir uma redação mais erudita, é necessário fazer uso de grandes filósofos e sociólogos, certo? A verdade é que: não, não está certo. De nada adianta fazer uso dessa suposta erudição se ela não estiver bem articulada aos argumentos do texto. O importante, mesmo, é que o candidato use, a seu favor, o repertório sociocultural que possuir, e isso significa que o bom texto é aquele que traz a referência certa, no momento certo e bem articulada às reflexões que estão sendo construídas, ou seja, realmente ajuda na sustentação daquilo que está sendo defendido.
  • Ignorar a coletânea: aqui, é preciso que fique claro que os textos motivadores também fazem parte da sua proposta de redação e que são importantíssimos para o completo entendimento da frase (ou pergunta) temática, para a construção da discussão e, também, para a elaboração dos argumentos. Isso porque, além de ajudarem a dar um start no seu raciocínio, dão o direcionamento daquilo que deve ser "destrinchado" dentro do espectro do tema. Por isso, leia a coletânea, sempre, com muita atenção.
  • Uso de argumentos subjetivos: um dos elementos para se produzir um bom texto é ter o conhecimento da interlocução – aquele para quem se direciona a sua escrita. No nosso caso, trata-se de um leitor universal, o qual precisa ser capaz de entender todo o texto e ser convencido sobre a ideia que está sendo defendida, e a persuasão só existe a partir do momento que conseguimos descobrir o que é adequado a cada caso. Logo, na dissertação de vestibular, sua missão é construir uma redação a partir de uma argumentação baseada na lógica. Por isso, nada de sustentar seu posicionamento a partir de subjetividades – preceitos religiosos, por exemplo, os quais por mais que devam ser respeitados, não são uma boa referência para persuadir. Por isso, para uma boa dissertação, procure por fatos (históricos ou atuais), dados estatísticos, argumentos de autoridade, literaturas etc.

É claro que, junto a tudo isso – como sempre digo aos alunos –, dedicação e planejamento são o que realmente fazem a diferença no vestibular. E, seguindo todas as dicas que acabei de dar, garanto que seu ponto de vista ficará bem mais interessante e consistente! Bons estudos!

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