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Os 60 anos da NASA

Dicas de Vestibular

30/07/2018 14h43

No dia 29 de julho de 1958 foi criada a NASA (National Aeronautics and Space Administration), uma agência do governo estadunidense, substituindo a NACA (National Advisory Committee for Aeronautics), e voltada a pesquisa e desenvolvimento tecnológico visando a exploração espacial. Com grandes investimentos do governo dos EUA, a NASA protagonizou grandes feitos e descobertas, fazendo frente à União Soviética na corrida espacial.

O Projeto Apollo levou o homem à superfície lunar pela primeira vez em 20 de julho de 1969, com a missão da Apollo 11, e pela última vez em 1972, totalizando cinco missões que desembarcaram astronautas em nosso satélite natural.

O astronauta comandante Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, trabalhando em um equipamento de pesquisa na superfície da Lua. (Divulgação/Nasa)

Diversas pesquisas envolvendo fenômenos termofísica, como transferência de calor e massa, de magnetismo, analisando campos magnéticos, incluindo aí o terrestre, além de mecânica dos solos, foram realizadas nessas missões.

Em 1971, o astronauta David Scott fez uma experiência homenageando o físico, matemático, filósofo e astrônomo Galileo Galilei (1564 – 1642), ao soltar simultaneamente uma pena e um martelo, que atingiram o solo lunar ao mesmo tempo (assista ao vídeo em https://apod.nasa.gov/apod/ap111101.html). Dessa forma, verificou experimentalmente que, se não houver resistência do ar, que é o caso da Lua, onde não há atmosfera, dois corpos abandonados simultaneamente do repouso, e de uma mesma altura, próximos à superfície de qualquer astro, caem lado a lado, com as mesmas velocidades, independentemente de suas massas e formatos.

Em conjunto com outras agências espaciais, como a Agência Espacial Federal Russa (ROSKOSMOS), a Agência Espacial Canadiana (CSA/ASC), Agência Espacial Europeia (ESA), a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (宇宙航空研究 ou JAXA), a NASA está envolvida na Estação Espacial Internacional (EEI), onde são feitas diversas pesquisas nas diferentes áreas da ciência. Costuma-se dizer que os astronautas que permanecem nas EEI experimentam os efeitos da gravidade zero, ou microgravidade. Na realidade, a intensidade do campo gravitacional na altitude da EEI (que varia em torno dos 350km), é de aproximadamente 8,7 m/s2, ou seja, bem longe de ser zero ou mesmo micro. Os astronautas estão, para sermos mais precisos, em estado de imponderabilidade, situação em que a sensação de peso é nula. Corpos em locais em que a gravidade é nula, também estão em estado de imponderabilidade, mas não é o caso dos astronautas orbitando a Terra na EEI.

Quando um astronauta está em estado de imponderabilidade sofre uma redução de massas óssea e muscular. Por isso, é necessário que ele faça exercícios físicos regularmente, além de medir sua massa para se verificar se a perda não ultrapassa limites salutares. Mas como realizar essa medição, já que balanças e dinamômetros não funcionam em estado de imponderabilidade? Um equipamento que pode ser utilizado é o Body Mass Measurement Device (BMMD).

O astronauta Andre Kuipers utiliza um BMMD na Estação Espacial Internacional. (Divulgação/Nasa)

Astronauta Luca Parmitano se exercita no Combined Operational Load Bearing External Resistance Treadmill (COLBERT), na Estação Espacial Internacional. Note os elásticos presos ao seu corpo, para simular a sensação de peso que o astronauta teria na superfície da Terra. (Divulgação/Nasa)

O funcionamento do BMMD é baseado em um sistema massa-mola. O aparelho mede o intervalo de tempo de uma oscilação completa e calcula a massa do conjunto pessoa + suporte. Depois, basta subtrair a massa do suporte para encontrar a massa do astronauta.

Pesquisas sobre outras alterações que o estado de imponderabilidade provoca no corpo humano, desde cardiovasculares até imunológicas, vem sendo realizadas e evoluindo, tornando cada vez mais próxima uma viagem tripulada a planetas um pouco mais distantes que a Lua, como Marte.

Desde seu início até os dias de hoje, as descobertas da NASA trouxeram grandes evoluções cientificas marcantes para a humanidade, e, quem sabe em um futuro próximo, possibilite a colonização de planetas parecidos com a Terra.

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