Entenda o conflito entre Israel e Palestina
Tensões e conflitos entre palestinos e israelenses marcam a recente história do Oriente Médio. Neste ano, acrescentou-se a esta história o fato de o governo dos Estados Unidos reconhecer a cidade de Jerusalém como a capital de Israel, ampliando manifestações contrárias por parte da população palestina que reivindica o controle dessa cidade.
Para entendermos este conflito, é necessário voltarmos para 1947, quando a ONU aprovou um plano de partilha do que era, até então, o território palestino em dois Estados: um árabe e um judeu. A partir da aprovação do plano de partilha, teve início um processo de sucessivos conflitos regionais. Os mais violentos foram:
- • Guerra de 1948 – os israelenses saíram vitoriosos desse confronto. O Estado árabe desapareceu concretamente;
- • Guerra de 1967 – também foi chamada Guerra dos Seis Dias. As forças armadas israelenses derrotaram seus inimigos, representados pela união das forças militares do Egito, da Jordânia e da Síria. Em consequência de sua vitória, Israel anexou a cidade de Jerusalém e a transformou em sua capital oficial, além de ter conquistado a península do Sinai (território que pertencia ao Egito), as Colinas de Golã (que pertenciam à Síria) e a Cisjordânia (que pertencia à Jordânia);
- • Guerra de 1973 – denominada Guerra do Yom Kippur. Nesse conflito, Israel foi atacado pelos países árabes, liderados pelo Egito, que pretendiam reconquistar seus territórios perdidos em 1967. Israel saiu novamente vitorioso da guerra, mas, em consequência desse conflito, em 1979, foi assinado um tratado entre Israel e Egito – conhecido como Acordos de Camp David –, pelo qual a península do Sinai foi devolvida aos egípcios.
Para atingir seus objetivos, os palestinos vêm se valendo de organizações representativas, como a Al-Fatah (Movimento pela Libertação da Palestina) e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina). No início de sua atuação, a OLP, liderada por Yasser Arafat, baseava suas ações em atos classificados como terroristas. Na década de 1990, entretanto, Arafat passou a defender a ação política como forma de luta, transformando-se no principal líder na defesa da causa palestina. Em 1996 foi eleito, com mais de 80% dos votos, presidente da Autoridade Palestina, cargo que ocupou até sua morte, em 2004.
Em 1993, o governo de Israel e representantes da OLP assinaram um acordo de caráter provisório pelo qual os palestinos passaram a ter autonomia administrativa sobre as regiões da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. A assinatura desse acordo, no entanto, provocou forte reação por parte de grupos radicais, tanto do lado israelense quanto do lado palestino, contrários ao que foi estabelecido nas negociações. Em consequência, os atentados se multiplicaram na região.
Nos últimos anos, os principais impasses entre palestinos e israelenses se fundamentam na criação de colônias judaicas em territórios reivindicados pela comunidade palestina. Dentre estas, a mais polêmica envolve Jerusalém, considerada a verdadeira capital pelo governo israelense, porém, pretendida pela população palestina. Os recentes embates entre as duas comunidades indicam que a solução para esse impasse territorial está muito distante.
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