vestibular – Dicas de Vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br Neste espaço, o vestibulando vai encontrar orientações, conteúdos que mais caem nas provas e dicas para se sair bem nos processos seletivos e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O conteúdo também pode ser útil aos interessados em provas de concursos. Fri, 31 Mar 2023 16:58:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Segundas fases: principais erros durante a preparação http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2023/01/05/segundas-fases-principais-erros-durante-a-preparacao/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2023/01/05/segundas-fases-principais-erros-durante-a-preparacao/#respond Thu, 05 Jan 2023 19:56:38 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2922 *Por Heitor Ribeiro, professor do Anglo Vestibulares

As provas de segunda fase são conhecidas por exigirem mais dos estudantes, não apenas em conteúdo, mas em habilidade também. O candidato que fará esse tipo de exame precisa fugir de alguns erros. Os principais são:

Desconhecimento sobre a prova

É muito importante para o candidato saber que o exame de segunda fase é diferente do primeiro, seja pela duração da prova, o nível de dificuldade, o tipo de questões ou mesmo as matérias cobradas. Para isso, é fundamental ler o edital e treinar provas antigas.

Não se atentar aos comandos das questões

Os comandos das questões são muito importantes. É essencial que o estudante responda o que for pedido. Os comandos explicativos e analíticos são mais complexos do que os descritivos ou enumerativos, por exemplo. Saber as diferenças entre citar, caracterizar e explicar é fundamental para que o candidato não perca tempo e consiga responder corretamente.

Não redigir as respostas no espaço designado

Muitos alunos, ao lidarem com questões discursivas de provas de segunda fase, acabam não se preocupando em treinar o espaço da resposta. É importante o candidato que vai a um vestibular dissertativo estabelecer o hábito de redigir questões no espaço designado e, caso a prova dele seja manuscrita, passar as respostas à mão.

Simular respostas no espaço de rascunhos

Diversos estudantes acreditam que o espaço de rascunho em provas de segunda fase é para a simulação de respostas. Porém, a orientação das bancas é que esse espaço seja destinado a ideias chaves, contas mais complexas e não uma simulação da resposta final, uma vez que o esboço consome uma grande quantidade de tempo e isso pode prejudicar o aluno.

Não treinar redação ou não reservar um tempo adequado a ela

A matéria mais importante do vestibular é a redação, que é comumente cobrada nas segundas fases dos exames. É extremamente importante que o estudante treine redação nos modelos que a banca examinadora cobra e reserve um tempo adequado a ela.

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Dicas e estratégias para a segunda fase dos vestibulares http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/12/27/dicas-e-estrategias-para-a-segunda-fase-dos-vestibulares/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/12/27/dicas-e-estrategias-para-a-segunda-fase-dos-vestibulares/#respond Tue, 27 Dec 2022 18:27:05 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2910 *Por Rodney Brasil Luzio, professor do Anglo Vestibulares

                A segunda fase de alguns dos principais vestibulares do país possui a prova no modelo dissertativo, ou seja, a resolução das questões exige que os candidatos mostrem a forma pela qual chegaram aos resultados apresentados. Muitas vezes, representar o raciocínio empregado pode ser um desafio e comprometer a pontuação a que se deseja chegar.

Independentemente do componente curricular da prova, deve-se tomar um cuidado especial ao comando da questão. Em Matemática, por exemplo, apesar da maioria das questões girarem em torno da tríade “resolva-determine-calcule”, alguns comandos não habituais aparecem, como prove, mostre, represente, construa, justifique, entre outros.

A ideia da representação permeia uma avaliação dissertativa em Matemática. É por meio dela que o candidato expressa o raciocínio lógico empregado para a resolução da questão. Representar pode ser feito, por exemplo, utilizando–se uma tabela, um gráfico, uma figura geométrica, um “diagrama de Venn” ou um “diagrama de árvore”. Muitas vezes, o simbolismo matemático empregado numa representação é mais claro que uma justificativa escrita.

Não é aconselhável minimizar demais uma resolução de forma que as indicações do racicínio (as contas) não consigam dar a dimensão exata ao examinador das justificativas necessárias para a comprovação do resultado. Uma modelagem algébrica, por exemplo, é muito mais eficaz; no entanto, na falta dela, explique (disserte, sem exageros), o que você pensou.

Uma característica das provas de Matemática da segunda fase é a mistura de assuntos. É muito comum uma mesma questão abordar geometria plana, espacial e trigonometria; ou questões de funções associadas às equações polinomiais; e a clássica dupla combinatória-probabilidade sempre está presente. O encadeamento entre os itens, caso existam, é outro fator a ser considerado. Em muitos casos, há uma progressão no grau de dificuldade entre eles e, em casos mais extremos, cada item aborda assuntos distintos, ou seja, independentes entre si.

Outro cuidado essencial é na organização da resolução no caderno de respostas. Respeite o espaço indicado e mostre cuidadosamente ao examinador clareza e linearidade no raciocínio. Por fim, além das dicas “técnicas” e específicas, sempre vale lembrar os cuidados que se deve ter em qualquer exame:

– durma bem na véspera da prova;

– alimente-se adequadamente;

– evite deixar questões sem resposta. Atente-se às unidades de medida!

– faça pausas estratégicas. A questão do tempo, tão importante na 1ª fase, aqui possui outra dimensão;

– leia a prova, elenque as questões mais fáceis e comece por elas. Essa atitude fortalece a sua confiança para encarar os exercícios mais difíceis;

– confie na sua preparação.

Boas provas!

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Matemática: estratégias importantes para a primeira fase do vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/11/23/matematica-estrategias-importantes-para-a-primeira-fase-do-vestibular/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/11/23/matematica-estrategias-importantes-para-a-primeira-fase-do-vestibular/#respond Wed, 23 Nov 2022 18:25:12 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2863 *Por Cícero Thiago Bernardino Magalhães, professor do Anglo Vestibulares

Estamos em uma contagem regressiva de tempo para as provas dos principais vestibulares do nosso país.  Nesse período, o nível de ansiedade e tensão dos alunos cresce quase que exponencialmente e uma das perguntas que mais escuto dos meus alunos é: “o que fazer nessa reta final de estudos”? Minha resposta está conectada com uma frase que sempre digo nas aulas: “as ideias se repetem”.

A partir disso, minha sugestão é que os alunos resolvam as questões dos 10 últimos anos dos concursos que irão participar. A conexão da minha sugestão com a frase que cito em minhas aulas pode ser ilustrada nas duas questões de provas antigas da FUVEST que apresentarei a seguir:

 

(Fuvest 2022)  Os funcionários de um salão de beleza compraram um presente no valor de R$ 200,00 para a recepcionista do estabelecimento. No momento da divisão igualitária do valor, dois deles desistiram de participar e, por causa disso, cada pessoa que ficou no grupo precisou pagar R$ 5,00 a mais que a quantia originalmente prevista. O valor pago por pessoa que permaneceu na divisão do custo do presente foi:

  1. a) R$ 10,00 b) R$ 15,00   c) R$ 20,00   d) R$ 25,00   e) R$ 40,00   Resposta: D

 

(Fuvest 2013)  Um empreiteiro contratou um serviço com um grupo de trabalhadores pelo valor de R$ 10.800,00 a serem igualmente divididos entre eles. Como três desistiram do trabalho, o valor contratado foi dividido igualmente entre os demais. Assim, o empreiteiro pagou, a cada um dos trabalhadores que realizaram o serviço, R$ 600,00 além do combinado no acordo original.

  1. a) Quantos trabalhadores realizaram o serviço?
  2. b) Quanto recebeu cada um deles?

Resposta: (a) 6  (b) 1800 reais

 

Essas duas questões apresentam exatamente a mesma ideia em suas respectivas resoluções. Em aulas sou até mais ousado em dizer que as questões são IGUAIS! Poderia, inclusive, apresentar três outras questões com, exatamente, a mesma ideia e que foram propostas em concursos diferentes, como no vestibular da UNESP, em um período menor que 10 anos. Por fim, quando chegar a semana que antecede as provas que irão participar, eu sugiro que os alunos apenas leiam resoluções de questões antigas, com o intuito de aumentar seu leque de ideias e não baixar a autoestima com um possível não acerto de alguma questão.

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Os sociólogos brasileiros mais conhecidos e suas teorias http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/11/03/os-sociologos-brasileiros-mais-conhecidos-e-suas-teorias/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/11/03/os-sociologos-brasileiros-mais-conhecidos-e-suas-teorias/#respond Thu, 03 Nov 2022 21:31:15 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2880 *Por Rene Araújo, professor do Anglo Vestibulares

O Brasil apresenta inúmeras contradições e complexidades, decorrentes da sua formação social, histórica, cultural, política e econômica. Vivemos em um país que necessita de análises, pesquisas, estudos e reflexões constantes, devido a sua formação social e toda a dinâmica e organização que o constitui. Diante desse cenário, muitos cientistas sociais dedicaram suas vidas à tentativa de compreender, decifrar e traduzir esse país. E conhecer alguns deles não só é importante, como também é necessário para que, a partir de suas obras, possamos buscar entender melhor a nós mesmo.

Um dos intelectuais mais conhecidos é o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, autor de uma vasta obra sobre a formação da sociedade brasileira. Seu livro mais famoso é o clássico Casa-Grande e Senzala, onde o autor condena as ideias puristas de raça, que atribuíam o atraso brasileiro à miscigenação. Freyre, ao contrário, vai destacar a miscigenação como sendo a nossa principal característica, responsável pela nossa riqueza cultural, valorizando a contribuição indígena e africana para a nossa formação cultural. Porém, esse livro exige uma leitura crítica, pois contribuiu para a falsa ideia de que haveria uma democracia racial no Brasil, ideia responsável por alimentar discursos de que não existiria racismo no Brasil.

Outro nome importante é o de Sérgio Buarque de Holanda, apesar de ter formação em história, os escritos do autor ajudaram no desenvolvimento de diversos estudos sociológicos sobre a sociedade brasileira. Sua obra mais conhecida é Raízes do Brasil, livro em que o autor trata da formação social brasileira e apresenta a ideia do “homem cordial” e de como a pessoalidade prevalece sobre a impessoalidade nas relações sociais, o que acabaria por dificultar a modernização democrática do Estado brasileiro e a manutenção de práticas patrimonialistas.

E pensar a sociologia no Brasil é pensar a obra de Florestan Fernandes, autor de inúmeros livros que buscaram refletir criticamente a realidade brasileira e o papel da sociologia diante desse cenário. Destaque para os estudos acerca da desigualdade social e racial no país, cuja obra do sociólogo teve contribuição central sobre esses assuntos e influência sobre vários outros autores. Discípulos de Florestan, podemos incluir aqui também os sociólogos Octávio Ianni e Fernando Henrique Cardoso, cujas obras abordam o desenvolvimento econômico e social, a teoria da dependência, o preconceito racial no brasil, e política e relações internacionais.

Outra figura muito conhecida é o antropólogo e sociólogo Darcy Ribeiro, responsável por inúmeras etnografias dos povos indígenas do Brasil, Ribeiro também teve grande atuação no projeto do Parque Nacional do Xingu e na construção da UNB. Autor de uma vasta obra, vale destacar o livro O povo brasileiro, onde o autor apresenta a sua interpretação sobre a nossa formação e composição étnica e cultural.

Autor de grande relevância da sociologia brasileira nos dias atuais, Ricardo Antunes é um dos principais estudiosos do mundo do trabalho contemporâneo e sua organização no Brasil. Partindo da teoria marxista, o sociólogo tem apresentado as contradições e precarizações que caracterizam o mercado de trabalho da classe trabalhadora no país.

Por fim, nos últimos anos, as análises sociológicas de Jessé Souza têm ganhado muito espaço no debate acadêmico e público. Obras como A elite do atraso e Brasil dos humilhados, apresentam uma leitura crítica sobre as ideias que fundaram e legitimaram as interpretações hegemônicas sobre o Brasil, a serviço das elites e em detrimento da exploração da “ralé”, como diz o autor.

Enfim, em um país como o nosso, não faltam tentativas de explicar a nossa realidade e os problemas que a constituem, assim como a nossa diversidade étnica-cultural e todos os componentes que marcam nossa identidade nacional. Portanto, a sociologia brasileira se desenvolveu ao longo das últimas décadas através das obras desses e de tantos outros pensadores fundamentais para se compreender nossa sociedade.

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Como ampliar o repertório para as questões de sociologia? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/09/29/como-ampliar-o-repertorio-para-as-questoes-de-sociologia/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/09/29/como-ampliar-o-repertorio-para-as-questoes-de-sociologia/#respond Thu, 29 Sep 2022 16:06:01 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2853 *Por Rene Araújo, professor do Anglo Vestibulares

Muitas questões de sociologia abordam e analisam elementos presentes no nosso cotidiano, temas que fazem parte da nossa vida social, como, por exemplo, a desigualdade social, racial e de gênero, a diversidade cultural, direitos e cidadania, os movimentos sociais, os tipos de violências, aspectos do mundo do trabalho entre outros. Portanto, ter um bom repertório é fundamental na identificação e na compreensão dos mais diferentes assuntos que podem ser cobrados em provas.

Assim, acompanhar de forma crítica e analítica as grandes questões presentes no debate público pode ser de grande ajuda na prova de sociologia. Logo, se manter bem informado sobre os principais temas contemporâneos é central para um melhor desempenho nos exames. Para isso, acompanhar boas coberturas jornalísticas sobre problemas estruturais da sociedade, com abordagens profundas e plurais é de grande importância. Afinal, checar, contextualizar e relacionar as informações é um modo eficaz de ampliar conhecimentos.

Outra forma possível de aumentar o repertório para as questões de sociologia é através das obras literárias que são cobradas nos vestibulares, ou qualquer outro livro que esteja sendo lido pelo estudante, pois essas leituras apresentam em seus personagens e em suas histórias inúmeros valores morais, ideologias, problemas e dilemas que nos ajudam a pensar e entender a obra em si, mas também permitem reflexões e questionamentos, podendo ampliar o repertório sociológico do estudante mais observador.

Não é de hoje que o cinema tem sido uma importante fonte de questões sociológicas e, mais recentemente, as séries e os podcasts também passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, muitas vezes abordando temas complexos e controversos da sociedade. Assim, essas ferramentas podem contribuir nos estudos. É recomendado que o estudante busque identificar padrões, ou analisar como diferentes grupos são apresentados; se há representatividade racial, sexual, cultural e religiosa; se os problemas tratados na história dialogam com as questões da vida real e o contexto e a forma como os assuntos são abordados.

Enfim, todas essas observações – feitas através de um olhar mais atento e crítico – ajudam na construção do repertório para as questões de sociologia a partir de diferentes fontes e materiais que o estudante tem contato no seu dia a dia, em casa, no ônibus, na rua, na internet e em tantos outros espaços e meios que servem como estímulo para analisar a sociedade.

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Como aproveitar a realização de simulados para uma preparação efetiva? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/09/16/como-aproveitar-a-realizacao-de-simulados-para-uma-preparacao-efetiva/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/09/16/como-aproveitar-a-realizacao-de-simulados-para-uma-preparacao-efetiva/#respond Fri, 16 Sep 2022 20:20:06 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2844 *Por Madson Molina, professor do Anglo Vestibulares

Durante a preparação para os vestibulares, a aquisição efetiva de conteúdos por meio das aulas assistidas e tarefas realizadas é um pilar fundamental para a tão sonhada aprovação. Porém, a familiarização com os diferentes tipos de provas e, principalmente, as estratégias de execução de cada uma delas é também um outro ponto decisivo nesse processo. Nesse sentido, é importante que, de maneira programada e estruturada, o vestibulando inclua em sua rotina de estudos a realização dos simulados das provas que almeja prestar.

Nesse contexto, vale lembrar que o vestibular em si é um concurso em que a nota do candidato é comparada à nota dos demais participantes. Sendo assim, vale reforçar um ponto de atenção: evitar a realização de provas e simulados como se fosse uma prova do ensino médio, em que a superação de uma nota mínima é suficiente para avançar para próxima fase. Em nossa experiência com conversas e atendimentos de alunos, podemos verificar uma grande quantidade de vestibulandos que realizam os simulados de modo improvisado, sem a definição de qualquer estratégia de resolução. Ou um fato ainda mais crítico: vestibulandos que não realizam uma reflexão genuína após o simulado em relação às estratégias que funcionaram ou as que devem ser abandonadas em uma próxima simulação.

Para melhor aproveitar os simulados que são feitos ao longo do ano e se tornar um vestibulando mais competitivo, eis algumas dicas valiosas:

  1. Cultive os registros

Os simulados são ótimas oportunidades para identificar a sequência de execução de matérias que funciona melhor para você. Antes da realização do simulado, reflita bastante e registre em um caderno de anotações a sequência das matérias que você seguirá em um determinado tipo de prova. Devemos lembrar que essa sequência é específica, ou seja, a ordem das matérias em uma prova da 1ª fase da Fuvest deve ser bem diferente quando comparada ao 1º dia do Enem que, por sua vez, é distinta em relação ao 2º dia do Enem.

  1. Faça uma análise após o simulado

Após realizar o simulado, faça uma análise madura das estratégias que deram certo e as registre no mesmo caderno de anotações. Mais importante ainda: identifique as estratégias que não deram certo, anotando-as para que não cometa os mesmos erros no futuro. De preferência, esse procedimento deve ser feito no mesmo dia do simulado, aproveitando o “calor do momento”, pois a tendência é que no dia seguinte esqueçamos desses eventos. Seguindo esse fluxo, você cria uma espiral de melhoria a cada simulado realizado!

  1. Ainda mais registros…

Além da sequência das matérias, é fundamental também que se tenha anotado outros elementos rotineiros que compõem o momento da prova. Mais do que isso, eles devem ser lidos repetidamente com muita atenção antes da execução de cada exame. Eis alguns exemplos:

Verificar sempre o comando da questão antes de assinalar a alternativa;

Evitar a “paixão” por questões que demandam mais tempo para que sejam resolvidas ao final da prova, mesmo que sejam de matérias que você tem afinidade;

Em muitas questões, é possível apenas ler o comando e já partir para as alternativas, conquistando um tempo extra para resolver outras questões mais complexas;

 Nas questões que demandam contas, muitas vezes é possível realizar contas aproximadas, evitando o desperdício de tempo. Nesse caso, vale verificar se há um bom distanciamento numérico entre as alternativas de modo a “calibrar” as aproximações.

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Além dos enredos: por que você também deve ler as análises das obras? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/05/25/alem-dos-enredos-por-que-voce-tambem-deve-ler-as-analises-das-obras/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/05/25/alem-dos-enredos-por-que-voce-tambem-deve-ler-as-analises-das-obras/#respond Wed, 25 May 2022 16:32:21 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2758 *Por Henrique Balbi

“E aí, o que acontece depois?” Todo mundo já respondeu a essa pergunta, quando se entusiasma contando a história do livro, filme ou série preferida. Como seres narrativos, nós sentimos uma atração especial pelo enredo, que nos hipnotiza com os eventos e suas consequências, com o destino de personagens e as reviravoltas. Não seria diferente com as obras que caem no vestibular. O problema é pararmos por aí.

Acontece muito: pressionado pelo tempo curto e pela programação longa, o jovem resolve estudar Literatura só pelos resumos da história dos livros. Ou nem isso, se já souber o que acontece ou se a obra trouxer poemas, por exemplo. É uma pena. É como se, depois de apenas uma garfada ou colherada, ele se contentasse com um prato ou sobremesa e já passasse ao próximo.

Toda obra de lista de vestibular está ali porque, no julgamento das bancas, o autor alcançou algum tipo de excelência em sua arte. Excelência que nunca se restringe a um só elemento, como se o livro tivesse ótimos personagens, e mais nada, ou então uma ambientação muito rica, mas linguagem e enredo ruins. Não: grandes artistas como Machado de Assis, Carolina Maria de Jesus, Clarice Lispector ou Graciliano Ramos, entre muitos outros, só atingem esse nível porque trabalham os elementos em conjunto.

Linguagem, tempo, espaço, psicologia das personagens e também o enredo – nas melhores obras, esses elementos são inseparáveis. Assim como todo texto, eles estabelecem uma relação solidária, e não solitária. Angústia, de Graciliano Ramos, mostra uma Maceió tão suja e degradada, num tempo tão opressivo e claustrofóbico, quanto a cabeça de seu protagonista, Luís da Silva. Uma coisa se reflete na outra; elas se fortalecem. O enredo é um dos elementos, não o único. Às vezes nem é o principal.

Uma boa análise enriquece a leitura da obra, mostrando essa relação entre os elementos, conectando o livro a disciplinas surpreendentes, expandindo-o e adensando-o. Entender Quincas Borba, por exemplo, exige que conheçamos o destino de Rubião, antes rico, depois louco e miserável, e como chegou a isso. Mas por que parar aí?

A reflexão sobre o romance, amparada pela análise, vai trazer novas perguntas. Será que Machado não está fazendo uma crítica à elite brasileira? Ou será uma denúncia pessimista do ser humano? É uma sátira ao Segundo Reinado? Uma paródia da ciência arrogante e preconceituosa de seu tempo? Sem entendermos a ironia do narrador, as citações, a matéria histórica ali incorporada, o vai-e-vem moral das personagens, se confiarmos apenas no enredo, nós nem percebemos que Machado faz tudo isso junto, ao mesmo tempo.

Aí se vê outra vantagem de ler a análise das obras: observar a pluralidade de leituras possíveis, para um grande livro. O texto se mantém relativamente igual, mas cada crítico apresenta seu ângulo, explorando alguns pontos, enquanto outros enfatizam aspectos distintos. A obra vai ganhando camadas sedimentares de sentido, sem que a soterrem. Ela é iluminada pelos seus críticos tanto quanto os ilumina – ou mais.

Ler bem uma obra clássica envolve essa capacidade de viajar no tempo, de carona com o autor e através das gerações de críticas, sempre contextualizando e refletindo criticamente. Por isso o vestibular as cobra. É o jeito que ele encontrou de incentivar os estudantes a saberem – e demonstrarem – sua compreensão não só do que aconteceu, mas de como, por quê, com que finalidade e qual foi sua repercussão. Com sorte, responderemos a isso com o mesmo entusiasmo de quando contamos uma história envolvente.

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Como estudar atualidades para o vestibular? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/03/11/como-estudar-atualidades-para-o-vestibular/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/03/11/como-estudar-atualidades-para-o-vestibular/#respond Fri, 11 Mar 2022 17:32:46 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2685 Por Sebastian Fuentes, professor do Anglo Vestibulares

Questões envolvendo atualidades têm sido cada vez mais frequentes nos principais vestibulares do país. Por isso, a procura de como estudá-las se tornou uma febre entre os vestibulandos que almejam alcançar uma vaga na universidade dos sonhos.

Primeiramente, é importante enfatizar que todos os vestibulares divulgam seus editais com os conteúdos cobrados nas provas, ou seja, em nenhuma ocasião, alguma questão pode fugir dos temas propostos no edital. Mas, se os temas já estão pré-definidos, como o vestibular cobra atualidades? Na maioria dos casos, a atualidade cobrada durante a prova serve, na verdade, de base para a cobrança de um ou mais conteúdos apresentados no edital, exigindo, assim, que o candidato esteja amplamente atualizado e atento às relações entre o evento atual e o conteúdo.

Partindo do princípio acima, não é aconselhável que o estudo de atualidades seja baseado apenas na busca pela manchete mais impactante ou pelo tweet mais comentado em um determinado período. O vestibulando deve buscar estabelecer uma rotina para se atualizar sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo, com o auxílio de podcasts, aplicativos de notícias, jornais, revistas cientificas e qualquer outra ferramenta que apresente fatos com seriedade e veracidade. É importante usar sempre mais de um canal de comunicação, possibilitando a comparação de dados, mapas, imagens e até a forma de apresentação do evento.

O vestibulando atualizado ainda tem a tarefa de, ao longo do seu estudo, nas mais diversas disciplinas e conteúdos, buscar como aquele evento ou fato pode se encaixar para ser usado de exemplo ou explicação. Uma dica interessante é fazer uma lista e anotações daquelas atualidades em que foi possível fazer essa relação, além de apontar em mapas e esquemas onde e quando o fato ocorreu.

O vestibulando precisa ter em mente que as universidades usam o vestibular como forma de seleção dos seus futuros alunos e, por isso, a prova é feita para encontrar aquele candidato que detém um conhecimento científico apurado e está antenado nas necessidades do mundo atual.

Tomando isso em conta, é aconselhável que você, vestibulando, se organize para que as atualidades façam parte da sua preparação diária e não uma pilha de assuntos a serem vistos pouco antes das provas, tornando assim a sua aprovação cada vez mais próxima.

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A sociologia de Zygmunt Bauman nos vestibulares http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/10/25/a-sociologia-de-zygmunt-bauman-nos-vestibulares/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/10/25/a-sociologia-de-zygmunt-bauman-nos-vestibulares/#respond Mon, 25 Oct 2021 16:49:35 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2634 Bauman

*Por Rene Araújo, professor do Anglo Vestibulares

Frequentemente nos questionamos sobre como a vida passa diante de nós e ficamos cada vez mais sem tempo para aproveitá-la. A sensação de termos perdido o controle aumenta e seguimos no modo “deixa a vida me levar”, como se estivéssemos navegando permanentemente em águas incontroláveis. Mas como viemos parar aqui? Por que não conseguimos acompanhar mais todas as novidades que nos cercam? Será possível garantir alguma previsibilidade para que tenhamos algum controle sobre nossas vidas? É bem provável que esses questionamentos e angústias não tenham respostas, mas são necessárias reflexões para ao menos entender um pouco melhor o atual cenário, e, certamente, as obras de Zygmunt Bauman podem ajudar.

O pensamento sociológico de Bauman é extenso, rico e atual. O sociólogo consegue, com facilidade e versatilidade, promover inúmeras análises sobre esse mundo globalizado, repleto de contradições, promessas, inseguranças e incertezas. Diante disso, Bauman se caracterizou como um dos principais pensadores da contemporaneidade. Autor de dezenas de livros, ficou mundialmente conhecido ao classificar esse nosso período histórico-social-cultural como “modernidade líquida”. E por que líquida? Porque os líquidos não possuem uma forma definitiva; por serem fluídos, se alteram constantemente de acordo com o ambiente em que se encontram. A fluidez desse nosso tempo não permite que se criem raízes profundas e vínculos duradouros, porque isso não pertence à “consciência líquida” e ao comportamento oriundo dela. Nesse contexto, aponta o sociólogo, tudo se estabelece e ocorre de forma mais dinâmica e acelerada.

Bauman aponta que as rápidas e constantes mudanças desse capitalismo líquido impactam diretamente no mundo do trabalho. Tais transformações geram insegurança e instabilidade, devido à redução dos postos de trabalho e dos salários, além da perda de direitos e vínculos trabalhistas, precarizando as condições de vida e trabalho. Assim, as inúmeras incertezas que, segundo Bauman, caracterizam a modernidade líquida afetam todas as esferas da vida social, inviabilizando qualquer plano de longo prazo, já que não há estabilidade em tempos líquidos.

Outro elemento de destaque em sua reflexão sociológica é a centralidade do consumo na vida dos indivíduos e como isso passa a constituir a identidade dos sujeitos nessa modernidade líquida. Ele destaca o caráter mercadológico das relações sociais contemporâneas. Logo, as pessoas passam a se tratar como mercadorias, cuja “troca” pode ocorrer facilmente, caso o outro apresente “problemas”. Assim, as relações entre os indivíduos se tornam superficiais, pois são descartáveis, e isso, segundo Bauman, afeta diretamente a vida comunitária, cuja organização se dava por laços fortes e seguros. Portanto, na sociedade atual o individualismo acaba por se sobrepor ao coletivo, desconfigurando o sentimento de pertencimento na comunidade. O indivíduo se identifica como consumidor e reconhece apenas aqueles que também têm a condição de consumir, característica determinante para o sentido que ele daria a sua vida e identidade.

Como se nota, os escritos do autor permitem inúmeras reflexões sobre os mais variados temas da sociedade contemporânea. O estudante pode ficar atento a aspectos da globalização e do mundo do trabalho nessa perspectiva da modernidade líquida, assim como outras temáticas decorrentes desse nosso contexto, como o consumismo, o individualismo e a superficialidade das relações sociais cada vez mais virtuais e repletas de fluidez. Assim, o contato com as ideias de Bauman e a compreensão delas são riquíssimos aos vestibulandos, pois ampliam o repertório analítico sobre o nosso contexto, as mudanças nele e os seus diferentes impactos na vida social.

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Quais são as principais contribuições das viagens espaciais no cotidiano? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/09/10/quais-sao-as-principais-contribuicoes-das-viagens-espaciais-no-cotidiano/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/09/10/quais-sao-as-principais-contribuicoes-das-viagens-espaciais-no-cotidiano/#respond Fri, 10 Sep 2021 17:23:48 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2626 espaço

Por Márcio Miranda, professor do Anglo Vestibulares

O travesseiro da NASA, comercializado atualmente por diferentes fabricantes, foi, de fato, desenvolvido pela agência espacial estadunidense?

O famoso travesseiro, amplamente comercializado no Brasil e no mundo, foi mesmo um projeto da agência espacial estadunidense. Ele é feito de uma espuma viscoelástica, que, basicamente, apresenta duas propriedades: elasticidade e viscosidade. A primeira, quando considerada ideal, refere-se à capacidade que um determinado corpo tem de retornar ao formato inicial depois que cessa a compressão sobre ele. Já a segunda– a viscosidade ideal – refere-se à sua contínua deformação quando o corpo é submetido a uma tensão de cisalhamento. O material viscoelástico combina essas duas propriedades: a espuma experimenta deformações contínuas quando submetida a uma compressão, porém, quando esta cessa, ela retorna gradualmente a sua conformação original.

O plano inicial da NASA era criar um material que fosse usado no revestimento de assentos e encostos a fim de aliviar o desconforto durante a decolagem de foguetes, quando os astronautas experimentam grandes acelerações. Essa espuma seria capaz de deformar continuamente à medida que o veículo espacial acelera e depois retornar ao formato inicial quando não estivesse mais submetida a grandes compressões. Entretanto, no final dos anos 60, quando o projetado foi apresentado, as amostras de espuma não se mostraram seguras, pois apresentavam comportamento quebradiço e expeliam gases desagradáveis, potencialmente perigosos em um ambiente fechado como o interior de uma espaçonave. Por isso, essa espuma nunca chegou a ser usada pela agência nos veículos espaciais.

Ao perder o interesse pelo projeto, a Nasa vendeu a tecnologia para uma empresa europeia produtora de espuma, que desenvolveu o produto na década de 80, visando ao uso pelos consumidores comuns. Na década seguinte, a espuma foi aplicada a colchões e travesseiros, obtendo relativo sucesso e despertando o interesse de fabricantes pelo mundo todo. No Brasil, atualmente, a espuma viscoelástica é utilizada na indústria em diferentes setores do ramo automobilístico, moveleiro e aviação, por exemplo. Mas, claro, não foi o desenvolvimento de super travesseiros a principal contribuição das pesquisas espaciais. Muitos outros dispositivos que usamos atualmente são oriundos delas. Quer conhecer alguns?

Filtro de água

Também nos anos 60, a agência espacial estadunidense desenvolveu uma tecnologia de filtragem de água – fundamental dentro de uma espaçonave, onde esse recurso é finito –, utilizando cartuchos de iodo que se assemelham aos sistemas usados atualmente no tratamento de água.

Câmeras de celulares e tablets

A demanda por microcâmeras compactas e de alta resolução também tem origem nas pesquisas realizadas para viagens espaciais. Essas câmeras deveriam integrar sondas e outros equipamentos de monitoramento e de registro de imagens, produzindo resultados nítidos em condições adversas de iluminação ou distância. Hoje em dia, celulares, tablets e computadores portáteis são dotadas de câmeras muito semelhantes.

Exames por imagens

O processamento digital de imagens, utilizados em exames de ressonância magnética, por exemplo, teve início a partir da necessidade de observar superfícies extraterrestres, como a da Lua, durante a corrida espacial dos anos 60. Esse é um benefício muito relevante para a Medicina.

Satélites e sistema de comunicação e monitoramento

Sem dúvida, a contribuição mais óbvia refere-se ao lançamento e ativação de satélites relacionados a telefonia celular, internet e GPS. Além disso, há satélites de monitoramento da superfície, que registram áreas devastadas, queimadas ou conservadas, e satélites que auxiliam na previsão do tempo, fundamental para a agricultura, por exemplo.

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