Português – Dicas de Vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br Neste espaço, o vestibulando vai encontrar orientações, conteúdos que mais caem nas provas e dicas para se sair bem nos processos seletivos e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O conteúdo também pode ser útil aos interessados em provas de concursos. Fri, 31 Mar 2023 16:58:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 “Cê manja de variação linguística, irmão?” http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/08/24/ce-manja-de-variacao-linguistica-irmao/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/08/24/ce-manja-de-variacao-linguistica-irmao/#respond Wed, 24 Aug 2022 15:59:40 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2831 *Por Daniel Fonseca, professor do Anglo Vestibulares

Em uma de suas crônicas, Rubem Braga conta que um amigo estava em um café de Lisboa conversando com outros dois brasileiros, quando foram interrompidos pelo garçom: “que raio de língua é essa que estão aí a falar, que eu percebo tudo?”. Verídica ou não, a anedota manifesta bem o sentimento misto que enfrentam os falantes de duas variantes de português tão distintas quanto a europeia e a brasileira: se, por um lado, há uma estranheza muito grande, manifestada pela expressão “que raio de língua é essa”, por outro, é forçoso reconhecer que, com alguma atenção e paciência, há muitas semelhanças também, afinal “percebe-se”, ou melhor, “compreende-se” tudo… ou quase tudo…

Essa narrativa explicita o cerne das variantes linguísticas, ao patentear como a língua portuguesa pode ser múltipla, sem deixar de ser a mesma língua. E essa multiplicidade não se resume às diferenças regionais, as mais famosas de todas, e óbvias a qualquer um que viaje pelo Brasil (não é preciso ir a Portugal, Moçambique ou Angola). Há ainda outros tipos de variações, e estarmos atentos a sua existência é o primeiro passo para obter um bom desempenho nos exames.

Há aqueles tipos de variações que estão associados à criação de nossa identidade na sociedade. As geográficas são desse tipo. Basta lembrar da divertida polêmica entre “biscoito” e “bolacha”, que tanto anima as discussões entre paulistas e cariocas, para perceber que algumas palavras nos representam mais do que outras e ajudam a definir o que somos. Também a variação cronológica, que se dá no tempo, colabora para essa construção identitária, ao diferenciar duas gerações. Muitos leitores são capazes de se lembrarem de um avô ou avó que os chamavam de “pão” ou “broto”, gírias que já estiveram “na crista da onda”, mas agora soam um tanto quanto “démodés”. Além da variação no tempo, as variações entre as classes sociais são importantes para a identidade dos indivíduos, e um artista como Adoniram Barbosa foi mestre em incorporar elementos populares à sua obra, fazendo-a capaz de sensibilizar intensamente o público: “Só se conformemo quando Joca falô/ Deus dá o frio, conforme o cobertô” (Saudosa Maloca).

Há outros tipos de variação que dependem do contexto de comunicação, e não da nossa identidade. São aquelas que resultam do meio usado para a comunicação (oral ou escrita), ou ainda do grau de formalidade em que ela se desenrola, ou seja, do grau de coloquialidade ou formalidade demandado pela situação. Uma vez que os estudantes estejam atentos a elas, será mais fácil reconhecer nos textos características típicas da oralidade (tais como abundância de repetições, hesitações, interrupções, autocorreções…), ou reconhecer expressões informais, ou avaliar se o grau de formalidade é adequado a situação de comunicação, habilidades frenquentemente presentes nos exames.

No entanto, a importância do estudo das variações linguísticas transcende qualquer prova, pois ao nos darmos conta da multiplicidade inerente a toda língua natural, conseguimos vencer o preconceito linguístico, que é a tendência a desqualificar as variantes não-padrão e, consequentemente, desqualificar também os indivíduos e os grupos sociais que delas se valem. Estaremos mais próximos, nesse momento, de uma situação na qual o brasileiro de uma região não irá desqualificar a variedade de outra; os idosos não desdenharão a linguagem dos jovens (e vice-versa); os estudantes perceberão a riqueza da língua popular usada no seio de sua família e, ao mesmo tempo, a importância de se dominar elementos da norma-culta, para o exercício da cidadania, em situações formais. Um Brasil amplamente consciente das variações linguísticas será muito melhor para se viver. Cabe aos educadores disseminar essa consciência.

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Como fazer uma boa conclusão na redação? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/08/10/como-fazer-uma-boa-conclusao-na-redacao/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2022/08/10/como-fazer-uma-boa-conclusao-na-redacao/#respond Wed, 10 Aug 2022 16:08:48 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2823 *Por Bruna Moscardo, professora do Anglo Vestibulares

Seja por falta de informação, seja porque o projeto de texto é feito às pressas, a conclusão costuma ser uma parte da redação bastante negligenciada. Infelizmente, contudo, uma conclusão que não é bem-feita deixa evidente as lacunas da argumentação. Isso porque o parágrafo final cumpre uma função que, apesar de não ser a mais difícil, não é menos desafiadora: arrematar a costura do raciocínio argumentativo. Vamos entender algumas formas de fazer esse encerramento.

No modelo da conclusão por síntese, o objetivo é simples: recuperar o posicionamento e os argumentos-centrais de forma a gravar no leitor a memória do seu percurso argumentativo. De fato, como a função da conclusão é resumir, ela, em alguma medida, vai repetir as informações já desenvolvidas, porque não lhe cabe adicionar novos argumentos. Por isso, não é conveniente trazer novas citações, ainda que sejam simples frases de efeito, já que não há mais espaço para desdobrá-las e elas seriam conteúdos apenas decorativos. A forma como você vai recuperar as ideias centrais deve imprimir um último efeito de convencimento, o que se consegue por meio de paráfrases e pela retomada não apenas dos argumentos e da tese, mas também dos exemplos ou daquele repertório que você usou na contextualização. A síntese, portanto, não é simples repetição de tese e argumentos. Ela deve contemplar o percurso do raciocínio, recompondo os exemplos, as analogias e a ordem em que as ideias foram apresentadas.

Por outro lado, existe a conclusão por dedução. Ela prevê o desdobramento, as consequências lógicas do que foi previamente construído. Por flertar com a possibilidade de trazer informações novas, ela pode mais facilmente induzir à quebra do princípio de coerência (ou seja, argumentar no lugar de concluir) e inserir reflexões artificiais e forçadas que não são produto orgânico da argumentação. Não por acaso, ela exige mais técnica e preparação. Vamos a um exemplo! Supondo que se trata do tema da Fuvest 2021 “O mundo contemporâneo está fora de ordem?”, o candidato poderia apresentar a tese de que o mundo está, sim, fora de ordem e desenvolver uma argumentação que explicita como a organização econômica e política desrespeita a dignidade humana. Nesse sentido, poderia deduzir na conclusão que, contraditoriamente, existe uma ordenação da sociedade contemporânea, mas que suas condições não devem ser aceitáveis e, por isso, é possível afirmar que o mundo está fora de ordem. Percebe como a conclusão chega a essa inferência sem elaborar uma tese completamente nova?

Por fim, no caso da conclusão por intervenção, a orientação é: retomar brevemente a sua tese e apresentar a proposta de intervenção. No caso do Enem, esta deve informar agente, ação, modo e finalidade. O quinto elemento obrigatório é o detalhamento, o qual pode ser apresentado a partir de exemplos ou de uma simples explicação da função do agente escolhido. São formas de você legitimar a escolha desses elementos e, portanto, dar-lhes profundidade. Veja que a intervenção é uma mescla de síntese e dedução. Dessa forma, ela precisa estar articulada aos seus argumentos e inferir o desenlace do seu diagnóstico.

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Gerundismo http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2020/09/11/gerundismo/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2020/09/11/gerundismo/#respond Fri, 11 Sep 2020 17:10:50 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2310 Por Daniel Fonseca, professor do Anglo Vestibulares 

Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, mas estou aqui, escrevendo sobre gerundismo.

Antes de mais nada, cumpre esclarecer que gerundismo é o uso inadequado de verbos no gerúndio. No dia a dia, ouvimos frases como: “Você precisa estar pagando um boleto”, “eu vou estar ligando para você amanhã”. Não seriam mais simples e eficazes as frases “você precisa pagar um boleto” e “eu ligarei para você amanhã”?

O problema não é o gerúndio em si mesmo, mas o exagero, a aplicação desnecessária, a vulgarização. Nada contra essa forma que, inclusive, diferencia-nos um pouco dos portugueses no trato com a língua: aqui, nós estamos falando, vivendo…; lá, via de regra, eles estão a falar, a viver… Ou seja, o gerúndio faz parte do charme brasileiro no uso do idioma e seu emprego se justifica sempre que se quer expressar que uma ação está em curso, está em processo de realização. É o que ocorre nos versos de Chico Buarque: “Muita careta pra engolir a transação/ E a gente tá engolindo cada sapo no caminho/ E a gente vai se amando, que, também, sem um carinho/ Ninguém segura esse rojão”. O gerúndio manifesta que, na época, período de ditadura, estavam em curso duas ações, antagônicas: a de amar, para compensar os sapos que se havia de engolir.

Os exames vestibulares estão atentos ao tema, e questão recente da Fuvest pedia para o candidato dizer se havia uso abusivo do gerúndio no aviso: “Sorria, você está sendo filmado”. Para responder, precisamos nos perguntar: ao nos depararmos com essa frase, a ação de filmar está em curso? A resposta é sim, é exatamente isso que se procura avisar. Então, não ocorre gerundismo.

Anos antes, a mesma Fuvest propôs análise do verbo “transferindo”, no trecho: “O senhor pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo a sua ligação”. Nesse contexto, a ação de transferir é pontual, não permanecerá em curso. Além disso, a substituição por “vou transferir (ou transferirei) sua ligação” não traria prejuízo algum para o sentido, pelo contrário, seria mais clara e concisa do que o original. Há, portanto, gerundismo nesse outro caso proposto pela banca.

Por fim, talvez o leitor esteja questionando a razão para o início inusitado desta publicação. Não me aborrece nem envergonha escrever sobre nossa língua. No entanto, é tão comum que a discussão sobre gerundismo incite comentários depreciativos contra as pessoas que dele se valem, que hesitei em escrever um texto de caráter prescritivo sobre o tema. Por um instante, tive a sensação de tomar parte nessa baixeza. Mas foi só por um instante: a discussão sobre a norma-padrão não pode pagar pelos tolos, que dela se valem para humilhar.

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Futuro do subjuntivo: flexões de gente grande http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2018/10/15/futuro-do-subjuntivo-flexoes-de-gente-grande/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2018/10/15/futuro-do-subjuntivo-flexoes-de-gente-grande/#respond Mon, 15 Oct 2018 16:50:17 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1765

“Eu consego”, “eu fazo”, “eu sabo”. Quem teve a chance de observar crianças aprendendo a falar certamente já se enterneceu ao escutar esse tipo de “erro fofinho”. É com o tempo que a criança vai aprimorando seus usos linguísticos, adquirindo a “língua dos adultos” e deixando esses usos para trás.

Esse processo de “amadurecimento linguístico”, porém, não acontece de igual modo entre todos os falantes e, nos vestibulares, algumas questões sobre uso da norma-padrão abordam isso. Um exemplo são questões sobre o uso do futuro do subjuntivo.

Na variedade popular, são comuns frases como “Quando fazer calor, volto para a academia”. Pode não parecer, mas esse caso tem alguma semelhança com o “sabo”, “consego”, “fazo” das crianças: também no exemplo, o verbo irregular é conjugado como se fosse regular.

Em construções como “Quando chegar o verão, haverá calor”, o verbo em destaque é o tal futuro do subjuntivo. Como você pode ver, nesse exemplo, ele é igualzinho ao infinitivo desse verbo (“chegar”).

Com verbos irregulares, porém, não é assim que acontece: em “Quando fizer calor, volto para a academia”, o futuro do subjuntivo (“fizer”) é diferente do infinitivo (“fazer”).

Uma dica para saber a forma própria da variedade padrão é conjugar o verbo no passado, no pretérito perfeito: como dizemos “eles fizeram de tudo para abandonar os treinos”, temos aqui a forma do futuro do subjuntivo (se eu fizer/ quando eu fizer).

A conjugação do futuro do subjuntivo dos irregulares (“se fizer”, “se puder”, “se propuser”, etc.) como se fossem regulares (“se fazer”, “se poder”, “se propor”, por exemplo) são exemplo do que se chama de “erro não marcado” (ou seja, usos que os falantes não percebem como desvios do padrão). Por isso é comum incorporar essas variantes na fala cotidiana (ao contrário dos simpáticos “sabo” e “consego”, que são marcados como típicos da fala infantil e vão sendo abandonados com o tempo). Em contextos formais, porém, vale a pena atentar para o uso do futuro do subjuntivo, adotando a flexão própria da norma culta.

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Como melhorar sua nota na Fuvest com a prova de português? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2018/09/10/como-melhorar-sua-nota-na-fuvest-com-a-prova-de-portugues/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2018/09/10/como-melhorar-sua-nota-na-fuvest-com-a-prova-de-portugues/#respond Mon, 10 Sep 2018 21:26:58 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1733

A Fuvest anunciou, neste ano, importantes mudanças em seu processo de seleção que afetam as modalidades de concorrência, o formato da segunda fase e o peso que cada disciplina e cada etapa do vestibular desempenham na nota final. Passam a vigorar três grupos nos quais os candidatos serão ranqueados: ampla concorrência, ação afirmativa para alunos egressos de escolas públicas e ação afirmativa para candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas. Além disso, serão convocados mais candidatos para as provas de segunda fase, que agora passa a contar com apenas dois dias: um para Português e outro para disciplinas específicas que variam de acordo com cada carreira.

A prova de Português da segunda fase não sofreu nenhuma mudança estrutural: continua sendo composta por 10 questões e uma redação. Sua importância no processo de seleção e seu peso na nota final, entretanto, mudaram. A nota final do candidato será a média da soma da nota obtida na primeira fase (100 pontos), da prova de Português da segunda fase (100 pontos) e do exame do segundo dia (100 pontos). Nessa nova conta, as questões de Português (da primeira e da segunda fase) corresponderão a 23,33% da nota final no vestibular da Fuvest, e a redação, a 16,66%. Em resumo, aproximadamente 40% do resultado do candidato estará atrelado ao seu desempenho em Português. Como transformar esse aumento de importância da disciplina em chance de melhorar a nota na Fuvest? Além do intenso trabalho com redação, é preciso redobrar o cuidado com as respostas discursivas.

As questões de Português da segunda fase costumam avaliar a capacidade de apreender sentidos de textos de variados gêneros, de analisar recursos de linguagem empregados nesses textos, de operar com a língua e ajustá-la ao padrão mais formal e de interpretar obras literárias de leitura obrigatória. Uma recomendação comum a todos esses tipos de questões é a contextualização das respostas: além de explicar o fato de linguagem posto sob análise, é crucial mostrar como ele se dá naquele contexto específico do qual emerge, ou seja, no texto apresentado como base para a questão (nas de literatura, no contexto maior do enredo, da obra).

Para, por exemplo, identificar os sentidos de uma palavra polissêmica que aparece duas vezes no texto (Fuvest 2017, questão 3, sobre “cenários), é crucial que se leve em consideração o sentido global dos trechos de cada ocorrência da palavra. Não basta apenas apontar os sentidos na resposta. Essa habilidade de responder a questões de linguagem dialogando intensamente com o texto de base precisa ser praticada exaustivamente – com alguma supervisão qualificada para avaliar especialmente a contextualização. Quanto mais alguém fala de seus sentimentos, mais desenvolve a capacidade de externar com mais precisão seu mundo interior. Quanto mais se treina a elaboração de respostas discursivas contextualizadas sobre fatos de linguagem em textos do cotidiano ou literários, mais claro e organizado o texto escrito tende a tornar-se.

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Precisamos adivinhar o tema da redação? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/08/28/precisamos-adivinhar-o-tema-da-redacao/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/08/28/precisamos-adivinhar-o-tema-da-redacao/#respond Mon, 28 Aug 2017 17:07:17 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1364

O escritor Evgeny Chirikov em sua mesa, óleo de Ivan Kulikov, 1904.

Agora que já estamos perto do “clímax” do vestibular, temporada 2017, é bom ter em mente que grande parte das bancas escolhem os textos que servem de base a muitas questões ao longo do ano. O que isso significa? Indica que os temas a serem abordados ficaram em evidência, jogados aos nossos olhos. Mais interessante – e até mesmo mais importante – é perceber que as provas de redação, em sua maioria, seguem esse mesmo roteiro!

Momento decisivo: temos menos tempo agora (estamos na reta final), a ansiedade fica maior, o nervosismo tende a aumentar também… enfim, como se preparar e até mesmo se precaver para que não haja surpresa quando vir o tema? Parece bom evitar aquela situação desnorteante de olhar a folha da prova e pensar: “Por que não pensei em ler sobre isso? Justamente esse tema eu não faço a menor ideia! ”. São situações que nos desestabilizam, e estabilidade emocional é muito importante para vencermos a competição!

Achar que “videntes” de temas ou “adivinhos” consagrados pode ser bom negócio… acaba sendo uma escolha equivocada. Há inúmeros sites, blogs de professores, fora os palpiteiros de plantão (aí se encontram pais, irmãos mais velhos, tios…), que tentam dar certeza sobre qual será o tema do ENEM, FUVEST, UNESP etc. Entrar nessa “neurose” não é bom, embora seja interessante saber o que muitos pensam como tema provável.

Nesse contexto, uma boa saída é se antecipar: as bancas não decidem os textos das questões e a proposta de redação dias antes do exame – tudo já deve estar impresso, editado e revisado com antecedência -, principalmente se forem exames de aplicação em todo país. Assim podemos perceber que alguns meses antes tudo já está pronto, ou quase. Não se trata de adivinhar os temas, mas de pensar “próximo”, pois a banca é humana e vive no mesmo mundo em que nós vivemos!

Debulhar jornais, revistas semanais, portais de notícia etc. diariamente não é necessário – acredite! Ler um jornal uma vez por semana e uma revista semanal a cada quinze dias já é muito bom, pois conseguimos nos inteirar das novidades relevantes; e você não se sente “perdendo tempo” de fazer exercícios. Há também muitos bons blogs e feed de notícias para se usar em meios eletrônicos, que gozam da mesma validade dos jornais e revistas impressos.

Agora podemos perceber alguns bons ganhos indiretos: lendo diferentes veículos de mídia, que tenham posições diferentes (mais conservadores ou mais progressistas, por exemplo), nos dá maior abertura de reflexão sobre os mesmos fatos e temas. Viu que interessante? Adquirimos repertório, melhoramos o juízo crítico, conhecemos opiniões diferentes das nossas, tudo enquanto nos “preparamos” para não sermos pegos desprevenidos na hora da prova!

Ficou mais fácil do que dizer “eu te amo”, nestes “tempos líquidos”, não é mesmo?

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Atentar-se às novas regras ortográficas é importante para o vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/10/27/atentar-se-as-novas-regras-ortograficas-e-importante-na-hora-da-prova/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/10/27/atentar-se-as-novas-regras-ortograficas-e-importante-na-hora-da-prova/#respond Thu, 27 Oct 2016 16:33:58 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=786 Prof. Eduardo Calbucci, do Anglo, fala sobre as modificações presentes no acordo ortográfico e de que forma isso pode refletir na hora de fazer o ENEM e outros vestibulares.

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Veja 4 erros comuns na interpretação de questões no vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/08/29/veja-4-erros-comuns-na-interpretacao-de-questoes-no-vestibular/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/08/29/veja-4-erros-comuns-na-interpretacao-de-questoes-no-vestibular/#respond Mon, 29 Aug 2016 20:52:40 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=485 Por Ian Oliverpen-writing-notes-studying

Sem dúvida, a interpretação de textos é a categoria que mais tem espaço nos vestibulares modernos. Não somente pelas questões desse tipo ganharem cada vez mais espaço na prova de Português, como também por ganharem espaço em todas as outras disciplinas. Por isso, é fundamental que essa parte seja estudada com profundidade e algumas orientações sejam seguidas. Em questões de múltipla escolha, as bancas seguem um padrão relativamente estável para produzir alternativas falsas. Em geral, elas são redigidas com base em erros de leitura comumente cometidos pelos alunos. Entre os mais habituais, estão:

1) Generalização:

Basicamente, a generalização implica ampliar artificialmente o alcance de uma afirmação no texto, atribuindo a ela um efeito totalizador não pretendido pelo autor. Se o texto não generalizou, cuidado. Você pode estar diante de uma alternativa falsa. Por isso, tenha cautela na leitura dos itens da questão: expressões totalizadoras como “tudo”, “todos”, “sempre”, “sem exceção”, entre outras, podem produzir alternativas falsas.

2) Embaralhamento de ideias:

Outro modo de criar alternativas falsas é estabelecendo relações impróprias entre ideias do texto. A estratégia é simples: as bancas escolhem duas ideias contidas no texto e, nos itens falsos, estabelecem entre elas uma relação que o próprio texto não estabeleceu. Cria-se, assim, uma falsa relação, que pode ser de causa e consequência, de comparação, de oposição, entre outras. É indispensável, portanto, atenção redobrada nas relações entre ideias estabelecidas no texto. O embaralhamento de ideias muitas vezes produz itens falsos muito sedutores para os alunos pelo fato de as ideias estarem presentes no texto, embora a relação entre elas esteja equivocada.

3) Descontextualização:

Um importante recurso a ser usado, dentro da interpretação de texto, é reconhecer o sentido de uma palavra dentro do contexto em que ela aparece. Uma das formas de distorção de leitura e, portanto, de produção de alternativas falsas, é alterar o significado que uma palavra tem num determinado contexto, atribuindo a ela um sentido distorcido (o qual pode até ser mais comum isoladamente mas, naquele determinado contexto, era descabido).

4) Intromissão Discursiva:

Talvez a distorção de leitura mais comum seja a intromissão discursiva. Basicamente, o candidato coloca um discurso do seu repertório pessoal acima da superfície textual e acaba marcando uma alternativa, não porque ela está presente no texto, mas porque ele – candidato – concorda com ela. Desse modo, o aluno tem tamanha convicção de uma ideia, que acaba intrometendo-a no texto. As bancas muitas vezes se aproveitam dessa intromissão, criando alternativas com as quais a maioria dos candidatos concorda, embora não tratem de ideias contidas no texto. Por isso, atenção: questões de interpretação de texto são resolvidas a partir do texto, e não das ideias que você gostaria, por convicção ideológica de qualquer espécie, que estivessem no texto.

Bom estudo!

Ian Oliver

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Redação: saiba como adquirir um bom repertório para argumentação http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/08/25/redacao-saiba-como-adquirir-um-bom-repertorio-de-argumentacao-2/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/08/25/redacao-saiba-como-adquirir-um-bom-repertorio-de-argumentacao-2/#respond Thu, 25 Aug 2016 16:06:54 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=477 Professor Aníbal Telles, do Anglo, explica como os estudantes podem lidar com a grande quantidade de informação para a construção de repertório, que auxilia na melhora da qualidade da argumentação.

anibal_telles

 

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Redação: veja o principal segredo para um bom texto http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/08/11/redacao-veja-o-principal-segredo-para-um-bom-texto-4/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2016/08/11/redacao-veja-o-principal-segredo-para-um-bom-texto-4/#respond Thu, 11 Aug 2016 18:19:03 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=429

eduardo_calbucci

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