EUA – Dicas de Vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br Neste espaço, o vestibulando vai encontrar orientações, conteúdos que mais caem nas provas e dicas para se sair bem nos processos seletivos e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O conteúdo também pode ser útil aos interessados em provas de concursos. Fri, 31 Mar 2023 16:58:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Manifestações e a crise econômica em Cuba http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/08/04/manifestacoes-e-a-crise-economica-em-cuba/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/08/04/manifestacoes-e-a-crise-economica-em-cuba/#respond Wed, 04 Aug 2021 19:06:24 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2596 Por Sebastian Fuentes, professor do Anglo Vestibulares

Significativas e históricas manifestações contra o governo, crise econômica, forte repressão policial, agravamento da pandemia de COVID-19, desabastecimento dos supermercados, rotineiros apagões de energia e diversas críticas internacionais fizeram de julho de 2021 um mês a ser lembrado na Ilha caribenha de Cuba. Para entender essa complexa situação, é necessário voltar um pouco na história.

Desde a década de 1960, os Estados Unidos da América estabeleceram um embargo econômico contra a Ilha sob a justificativa de não auxiliar e financiar países que não respeitam liberdades fundamentais e de pressionar por uma abertura democrática do país, que teve por muito tempo como grande aliada e “salvadora econômica” a União Soviética (URSS). É importante ressaltar que o embargo econômico contra a Cuba tem origens na bipolarização do mundo em um período que ficou conhecido como Guerra Fria. No entanto, mesmo com o fim desse momento histórico, o bloqueio econômico (como é conhecido em Cuba) segue com o aval do Congresso dos EUA e já soma 29 anos consecutivos de pedidos de fim pela Assembleia Geral da ONU.

Durante o governo Obama nos EUA e de Raul Castro em Cuba, ocorreu uma aproximação histórica entre os dois países, possibilitando algumas flexibilizações no embargo econômico e um maior aporte financeiro no setor de turismo em Cuba – setor de grande importância econômica na ilha, principalmente após o fim da URSS, em 1991. Como parte das reformas políticas que Cuba se comprometeu a realizar, o governo central passou a permitir o uso, ainda que limitado, da internet e das redes sociais, fato que colaborou com uma maior presença e atuação de manifestações sociais, não necessariamente favoráveis ao governo comunista.

Trazendo mais para a atualidade, durante a gestão de Donald Trump nos EUA, os esforços de reaproximação foram perdidos com a volta total do embargo econômico e com discursos agressivos, principalmente por parte dos EUA — Trump, em seus últimos dias de mandato, adicionou Cuba à lista de países que patrocinam o terrorismo. Isso trouxe de volta o clima de polarização e agravou mais ainda a crise econômica cubana, que teve como grande baque a pandemia da COVID-19.

O grande estopim para as recentes manifestações em Cuba foi justamente esse agravamento da crise econômica, fruto, ainda que haja outros fatores, em boa parte da quebra do setor de turismo da ilha, que dependia fortemente do dinheiro trazido pelos turistas. Agora, com a pandemia da COVID-19, essa fonte praticamente se esgotou.

Com tudo isso, especialistas apontam Cuba como um complexo cenário da geopolítica global. Por um lado, temos um regime fechado e com claros impedimentos a liberdades fundamentais e a certas liberdades econômicas, e, por outro, temos a maior potência econômica global impedindo e dificultando relações econômicas com a ilha, provocando, de acordo com o governo cubano, um prejuízo de US$ 144 bilhões em seis décadas de embargo. A soma de todas essas situações, aliada à modernidade e fluidez com que as redes sociais influenciam a sociedade, ajudam a entender um pouco a atual situação das manifestações em Cuba.

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Como funcionam as eleições presidenciais dos EUA? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2020/11/03/como-funcionam-as-eleicoes-presidenciais-dos-eua/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2020/11/03/como-funcionam-as-eleicoes-presidenciais-dos-eua/#respond Tue, 03 Nov 2020 17:18:17 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2366 Por Daniel Perry, diretor do Anglo Vestibulares

Há quatro anos o mundo assistia perplexo à vitória de Donald Trump na eleição presidencial de 2016. O espanto ocorria não somente porque ele sempre foi tido como um outsider e candidato azarão, mas também porque Hillary Clinton, sua oponente, obteve mais votos que Trump. Mais precisamente, ela foi escolhida por 2.868.686 eleitores a mais do que ele. Portanto, no que se refere ao voto popular, Clinton ganhou. Ganhou, mas não levou. Por que isso ocorreu? Às vésperas de mais uma eleição que pode definir os rumos dos EUA e do mundo por várias décadas, é importante entender como funciona o sistema eleitoral norte-americano.

Os norte-americanos escolhem seu presidente a cada quatro anos, como no Brasil. No dia da eleição, os eleitores vão às urnas e votam no candidato de sua escolha, de modo secreto. Entretanto, diferentemente do Brasil, podem votar antecipadamente, indo a alguns locais de votação que abrem adiantadamente, cerca de um mês antes do pleito. Também podem votar pelo correio, depositando a cédula em caixas postais específicas. Essas duas últimas modalidades estão recebendo grande adesão em 2020, por conta da pandemia, já que minimizam aglomerações.

Outra diferença importante em relação ao sistema brasileiro é que nos EUA o voto é facultativo. Portanto, o cidadão não é obrigado a votar. É por esse motivo que, em toda a campanha, os candidatos estimulam as pessoas a ir votar. Para vencer, não basta ter a simpatia declarada do eleitorado, é preciso que ele saia de casa e vote.

Porém, o que mais causa confusão na interpretação das eleições presidenciais norte-americanas é o fato de ela ser indireta. Cada estado possui, de acordo com sua população, um número de delegados. Esses delegados são representantes que, ao fim da contagem de votos, são enviados ao Congresso onde, em uma sessão especial, votam no candidato que venceu em seu estado. Dessa forma, se um candidato vencer seu oponente por um mísero voto no estado da Califórnia, por exemplo, terá direito aos votos de todos os 55 delegados californianos. No total, são 538 delegados e é declarado eleito o candidato que alcançar 270 votos no colégio eleitoral, que é o nome dado a esse fórum composto por todos os delegados. Abaixo, um mapa com o número de delegados por estado:

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_presidencial_nos_Estados_Unidos_em_2020#/media/Ficheiro:ElectoralCollege2020.svg

 

Em toda a história norte-americana, houve 58 eleições presidenciais. Com a de 2020, serão 59. E, nesses mais de 200 anos de história, em 5 ocasiões o presidente eleito obteve menos votos populares do que seu oponente. Mais recentemente, isso ocorreu em 2000 e em 2016. Mas por que isso aconteceu? Em quase todos os estados, o vencedor local nos votos populares ganha todos os delegados, não importando a diferença percentual entre os competidores. Os norte-americanos chamam isso de winner takes all (o vencedor leva tudo). Dessa forma, dependendo dos estados em que o candidato vencer, ele pode somar 270 delegados ou mais, mesmo que, no cômputo nacional dos votos, ele tenha recebido menos que seu adversário. Foi o que aconteceu em 2016. Hillary Clinton obteve quase 66 milhões de votos em termos nacionais e Donald Trump quase 63 milhões. Só que ela venceu em 20 estados e ele em 30. No final, Clinton conquistou 232 delegados, e Trump, 306. O fato é que a ex-secretária de Estado, ex-senadora por Nova Iorque e ex-primeira-dama teve muitos votos em estados com grande população e quantidade de eleitores, como Califórnia e Nova Iorque. Mas Trump venceu em mais estados e, sobretudo, estados estratégicos com boa quantidade de delegados, como Texas, Flórida, Michigan e Ohio. O mapa a seguir indica os estados e quantidade de delegados conquistados por Trump (em vermelho) e os vencidos por Clinton (em azul). O estado listrado é o Maine, um dos dois únicos onde há uma divisão de delegados proporcional à quantidade de votos obtido pelo candidato. O outro estado a fazer isso é Nebraska onde, em 2016, Trump acabou levando tudo.

Fonte: Adaptado de https://www.britannica.com/topic/United-States-presidential-election-of-2016

 

Alguns estados são solidamente democratas (azuis) ou republicanos (vermelhos), há décadas. Nesses lugares, é quase certo que o resultado sempre será o mesmo. Porém, há alguns poucos estados em que, a cada pleito, o eleitorado muda de lado, apoiando um democrata ou um republicano, a depender da conjuntura. É por esse motivo que, nos EUA, os presidenciáveis focam sua campanha nesses lugares, os chamados swing states (estados decisivos). Em 2020, se encaixam nessa categoria Flórida, Michigan e Ohio, principalmente.

E como o vestibular pode abordar esse tema? Uma possibilidade é aparecerem questões que exijam interpretações de mapas, gráficos e tabelas, utilizando as eleições americanas como mote. Por isso, é importante treinar essas habilidades. Também é possível que o tema seja abordado, através de um texto de apoio, em redações sobre democracia e a importância do voto. Questões muito específicas sobre o assunto nunca apareceram. Dessa forma, o vestibulando deve se preocupar em treinar as habilidades mencionadas e estar bem informado.

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A “Era Trump”: o polêmico novo presidente dos Estados Unidos http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/05/a-era-trump-o-polemico-novo-presidente-dos-estados-unidos/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/05/a-era-trump-o-polemico-novo-presidente-dos-estados-unidos/#respond Mon, 05 Jun 2017 16:08:32 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1172

Em 29 de abril Donald Trump completou 100 dias à frente da Casa Branca.

Diante da grande expectativa em relação ao seu governo, gerada pelas polêmicas promessas de campanha, vamos seguir a tradição política e fazer uma breve retrospectiva daquele que ainda promete ser um dos mais controversos mandatos presidenciais da história dos Estados Unidos.

O azarão

O bilionário nova-iorquino Donald Trump, 70 anos, era considerado um “azarão” nas apostas internas do próprio Partido Republicano na corrida para as eleições presidenciais de 2016. Porém, ele surpreendeu ao vencer as primárias, derrotando candidatos poderosos dentro do partido como Jeb Bush (ex-governador da Flórida, irmão de George W. Bush e filho de George Bush, ambos ex-presidentes).

Três meses mais tarde causou novo frisson entre os analistas políticos ao derrotar a democrata Hillary Clinton, ex-primeira dama e primeira mulher candidata à presidência dos Estados Unidos.

Uma pesquisa divulgada pela Associated Press mostra que 63% dos homens brancos acima de 45 anos votaram em Trump, que também recebeu o voto de 42% das mulheres apesar de seus discursos machistas e das mais de 10 acusações de assédio sexual.

Promessas de campanha

Durante a campanha eleitoral, Trump não se esforçou em ser politicamente correto, pelo contrário, usou e abusou de frases – no mínimo controversas – para ganhar a atenção da mídia. E conseguiu. Em suas falas, ele insinuou racismo, homofobia, xenofobia e machismo. Alegou ser tradicionalista e defensor dos interesses nacionais.

Na política externa, ele prometeu erguer um muro na fronteira com o México (que seria pago pelos próprios mexicanos), suspender acordos comerciais como o NAFTA (Tratado de livre comércio da América do Norte criado nos anos 1990 com México e Canadá) e destruir o Estado Islâmico (grupo terrorista que atualmente luta para manter o controle de territórios entre o Iraque e a Síria). Chegou também a acusar a China como principal responsável pelos altos índices de desemprego entre os operários norte-americanos.

Para atrair um eleitorado mais conservador, disse que iria trazer de volta os empregos na indústria (principalmente na tradicional região industrial do Manufacturing Belt), aumentar o protecionismo no comércio exterior, cortar impostos e sancionar leis pró-armas.

Assim, conseguiu um apoio fiel dos conservadores além atrair os holofotes da imprensa do mundo tudo. No entanto, Trump deixou muita gente assustada com essas promessas radicais e um discurso antiglobalização.. Analistas apontam, inclusive, que um dos principais fatores do seu sucesso eleitoral foi exatamente a grande exposição midiática de sua imagem.

Pontos importantes

Vale ressaltar aqui dois pontos importantes de todo esse processo: Primeiro, o excêntrico Trump já tinha uma importante experiência diante das câmeras; pois, durante alguns anos, foi apresentador de um reality show na tv norte-americana chamado “O aprendiz”. Nesse programa ele demitia os candidatos ao vivo. Seu bordão “You’re fired” (Você está na rua!!!!) ficou famoso. Segundo, refere-se ao complicado sistema eleitoral dos Estados Unidos. Trump repetiu o feito do também republicano George Bush nas eleições de 2000. Venceu porque assegurou a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, mesmo tendo perdido no voto popular. Foram dois milhões a menos de votos do que sua concorrente Hillary Clinton.

Discurso de posse e protestos

A expectativa pela posse do novo presidente foi marcada por protestos considerados inéditos na história política estadunidense. Organizações sociais formadas por mulheres, minorias raciais e religiosas, imigrantes e ecologistas foram às ruas de Washington (capital federal) e espalharam cartazes com dizeres do tipo: “Pare o governo Trump antes do início”, “Diga não ao Fascismo”. Ou ainda: “Defenda-se contra Trump”.

Apesar das numerosas manifestações contrárias, na 6ª feira, 20 de janeiro, o magnata sem experiência política (pois nunca havia ocupado nenhum cargo público) tomou posse como 45º presidente dos Estados Unidos.

Trump fez um discurso de posse agressivo, falou em protecionismo e, em nenhum momento, pronunciou a palavra democracia. Criticou os investimentos públicos desperdiçados fora do país, dizendo que faziam falta à economia interna, e ressaltou que pretende fazer da América (que é como os estadunidenses referem-se ao próprio país) novamente um lugar forte, rico, orgulhoso e seguro.

No entanto, foi comedido o suficiente para não soltar, em plena cerimônia de posse, um “America First” (América em primeiro lugar) frase nacionalista que marcou sua campanha eleitoral.

Os primeiros 100 dias

Existe uma tradição na política dos Estados Unidos, inaugurada na década de 1930 pelo então presidente Franklin Delano Roosevelt, de fazer um primeiro balanço do governo após 100 dias de mandato. Nesse primeiro teste a impressão sobre a “Era Trump” não é das melhores.

Seu índice de aprovação popular, cerca de 40% – de acordo com o Instituto Gallup, é o mais baixo para o período, desde a Segunda Guerra Mundial. Esse apoio, mesmo que pequeno, é atribuído a um eleitorado fiel que aposta nas mudanças prometidas em campanha.

Por falar em promessas de campanha, pelo menos até agora, Trump teve que recuar ou rever quase todas elas.

Obamacare

O programa de reforma na Saúde implementado por Barack Obama em 2014 garantiu que todos os norte-americanos tivessem acesso a um seguro de saúde. Como nos EUA não há um Serviço Nacional de Saúde Pública, a falta de cobertura afetava cerca de 15% da população que não era atendida nem pelos programas de saúde estatais para os mais pobres (Medicaid) e para os mais velhos (Medicare), nem pelos seguros de saúde das empresas privadas.

Alegando um aumento significativo nos gastos públicos com saúde, Trump contava com o apoio do Congresso formado por uma maioria republicana, para derrubar o chamado “Obamacare”, mas fracassou.

Refugiados

Para conter a entrada de refugiados, Trump também decretou uma ordem executiva suspendendo por 4 meses a entrada nos EUA de refugiados vindos de vários países de população predominantemente muçulmana, tanto do Oriente Médio quanto da África, tais como Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Por duas vezes, em menos de 2 meses, essa ordem executiva foi suspensa por juízes federais.

Muro na fronteira com o México

Com relação ao México, a construção do polêmico muro na fronteira nem começou, tão pouco o governo mexicano irá pagar por ela, conforme Trump anunciou durante sua campanha. Pelo contrário, o presidente dos EUA ainda não conseguiu a aprovação orçamentária para os cerca de 20 bilhões de dólares necessários para a obra.

Protecionismo

Já no que diz respeito à renegociação de acordos internacionais de comércio, o novo governo dos EUA resolveu abandonar o TPP, a sigla em inglês para o acordo voltado a eliminar a maioria das tarifas comerciais entre EUA, Canadá, México, Japão, Austrália e vários países da Ásia e da América do Sul como Peru e Chile.

Política externa

Na política externa, Trump alternou agressividade e diplomacia. Recebeu o presidente chinês Xi Jinping na Flórida e recuou no discurso de responsabilizar o principal parceiro comercial pelo desemprego nos EUA. Além disso pediu apoio político nas questões sobre a Coreia do Norte. Nesse sentido, o líder norte-americano chegou a afirmar que estaria pronto para agir contra o regime de Pyongyang, com ou sem a China, caso os testes nucleares norte-coreanos continuem a ameaçar a tranquilidade do Japão e da Coreia do Sul.

Trump promoveu várias ações no Oriente Médio, uma delas foi um inesperado ataque de mísseis contra a Síria. A justificativa era atingir uma base aérea de onde, dias antes, teriam saído aviões sírios para um ataque com armas químicas que mataram mais de 80 civis no interior do país do líder Bashar al Assad.

No Afeganistão, Trump mostrou outro sinal de força. Alegando combater rebeldes ligados ao Estado Islâmico, os EUA usaram uma bomba aérea chamada de “mãe de todas as bombas”, pois seria a bomba não-nuclear mais potente já usada até hoje pelos EUA. O ataque teria matado cerca de 100 rebeldes na província afegã de Nangarhar.

Rússia

As suspeitas relações com a Rússia provocaram a primeira baixa na equipe de governo de Trump. Michael Flynn, que ocupava o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, renunciou antes de completar o primeiro mês de trabalho. Flynn foi acusado de ter mantido contatos extraoficiais com o embaixador russo nos Estados Unidos antes de Trump assumir a Presidência e também ter discutido possíveis sanções contra Moscou sem autorização da Casa Branca.

Impeachment

Aliás, as relações com o governo de Vladimir Putin continuaram provocando situações embaraçosas. A admiração de Trump pelo líder Russo já é conhecida, há suspeitas inclusive de que Putin teria doado dinheiro à campanha do candidato republicano. Porém, a aproximação entre os líderes teria atingido um limite grave. O jornal “The Washington Post” revelou em maio que Trump teria divulgado informações sigilosas de uma operação contra o Estado Islâmico durante encontro com funcionários da alta cúpula do governo russo. Essas informações colocariam em risco a própria segurança nacional dos EUA e seriam suficientes para abrir um processo de impeachment contra Donald Trump. Putin rapidamente se colocou à disposição para esclarecer a situação, mas as suspeitas permanecem, tornando a desconfiança dos estadunidenses sobre Trump e sua equipe maior ainda.

O Futuro

Com relação ao futuro, Trump continua a afirmar que não desistiu de cumprir suas promessas de campanha, porém já admitiu que comandar um país é muito mais complexo do que comandar uma empresa. As estruturas institucionais representam limites ao seu poder, e nem mesmo o seu próprio partido tem oferecido apoio irrestrito ao novo presidente. Resta saber se Trump vai desistir antes ou, com suas ações intempestivas, vai produzir novos fatos que provoquem sua saída antecipada do comando do país mais poderoso do mundo.

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