estudos – Dicas de Vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br Neste espaço, o vestibulando vai encontrar orientações, conteúdos que mais caem nas provas e dicas para se sair bem nos processos seletivos e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O conteúdo também pode ser útil aos interessados em provas de concursos. Fri, 31 Mar 2023 16:58:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Nascimento da Química http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/06/18/2564/ Fri, 18 Jun 2021 13:22:11 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2564 Por Rodrigo Machado, professor do Anglo Vestibulares

No dia 18 de junho de 1956, o então presidente Juscelino Kubitschek, assinou uma lei regulamentando a profissão de químico. A partir de então, no dia 18 de junho é comemorado o dia do Químico.

Apesar do reconhecimento dessa profissão ser relativamente recente, o campo de estudo da Química é antigo e até difícil de datar.

Quando podemos considerar o início da Química?

Se recuarmos no tempo para tentar identificar a origem do conhecimento químico (estou fazendo aqui um recorte e considerando conhecimento químico como a realização de reações químicas controladas), vamos chegar a tempos impossíveis de serem datados com precisão, pois, nas civilizações antigas, muitos processos químicos já eram utilizados, como a cocção de alimentos, produção de vinho, cerveja e vinagre, extração e obtenção de metais, produção de corantes, pomadas, óleos aromáticos, entre outros. Se estes conhecimentos já eram conhecidos nessas civilizações, quando eles surgiram? Uma pergunta difícil de ser respondida.

Já para falar do surgimento da Química como ciência moderna, é importante fazer um desvio para observar o que estava sendo proposto por alguns filósofos do século XVII, como Francis Bacon (1561–1626) e René Descartes (1596–1650), que ajudaram a alicerçar o que hoje entendemos como Ciência. Muitas das ideias propostas por eles, de certa forma, foram inspiradas no desenvolvimento alcançado pela Física na evolução do modelo geocêntrico para o heliocêntrico.

De forma sucinta, Bacon propõe que, para conhecer a natureza, é preciso coletar dados, classificá-los e determinar suas causas. Descartes também propõe um método para utilizar a razão na busca do conhecimento. Sucintamente, o método tem como base quatro regras: regra da evidência (só aceitar como verdadeiro algo evidente por sua clareza); regra da análise (dividir o objeto de estudo em tantas partes quantas forem necessárias, para, assim, poder entender melhor); regra da síntese (ir dos problemas mais simples para os mais complexos); e regra da enumeração (fazer verificações gerais e completas para se ter certeza de que todos os aspectos do problema foram respeitados).

A consequência desses pensamentos foi uma mudança nos métodos de estudo dos fenômenos naturais, que passaram a ser estudados na busca de relações de causa e efeito. Com isso, os estudos dos fenômenos químicos também sofreram alterações. Investigando as transformações da matéria de forma mais controlada, alguns cientistas fizeram contribuições importantes para o estabelecimento da Química como uma ciência moderna. Entre eles, estão Robert Boyle (1627–1691) e Antoine Laurent Lavoisier (1743–1794).

Boyle, influenciado pelo pensamento de Bacon, publicou em 1661, no livro “The Sceptical Chymist”, uma crítica às concepções existentes na época sobre elementos, como a Teoria dos Quatro Elementos de Aristóteles. Apesar de Boyle não propor uma definição para elemento, para ele já era clara a diferença entre mistura e composto. O trabalho mais conhecido de Boyle é a relação entre pressão e volume de uma massa de gás à temperatura constante. Esse estudo, que foi realizado de forma sistemática, permitiu a descoberta de uma lei que leva seu nome, a Lei de Boyle-Mariotte.

Quanto a Lavoisier, realizando diversos experimentos de combustão e calcinação, em condições controladas e com uso intensivo de balança, ele estabeleceu a primeira lei ponderal, conhecida como Lei da Conservação das Massas. Os resultados dos seus estudos foram publicados no livro “Traité Élémentaire de Chimie”, em 1789.

Um fato interessante sobre a Lei da Conservação das Massas foi a sua descoberta, 13 anos antes de Lavoisier, por um químico russo chamado Mikhail Vasilyevich Lomonosov (1711–1765). No entanto, ele não recebeu o crédito da descoberta por ter publicado seus resultados apenas na Rússia.

Como foi brevemente apresentado, a Química, considerada hoje como uma das ciências modernas, teve seu alicerce construído há mais de 300 anos e tem como o profissional de química seu protagonista. Muitas questões atuais e em diferentes campos — ambiental, médico e tecnológico, por exemplo — exigem a presença de uma química ou químico. Assim, é justo e merecido haver um dia para homenagear esse importante profissional.

Referência:

Chassot, A. I. Alquimiando a Química. Química Nova na Escola, n°1, maio 1995.

Silva, C. S.; Oliveira, L. A. A.; Oliveira, O. M. M. F. Evolução Histórica da Química. Rede São Paulo de Formação Docente: Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SEESP Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Unesp, 2011.

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Reta Final para o Enem http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/10/30/reta-final/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/10/30/reta-final/#respond Wed, 30 Oct 2019 18:50:48 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1781 Reta final vestibular

Estamos, neste momento, a menos de um mês do ENEM e também próximos dos principais vestibulares. É natural que, nessa época, o vestibulando sinta-se mais ansioso, inseguro e a tensão aumente.

Mas ainda há tempo para se preparar e alcançar um bom desempenho. Destaco, a seguir, 6 elementos para fundamentar seus estudos, garantindo mais segurança e eficiência:

GARRA

Se o ano foi difícil, cheio de altos e baixos, se aulas e horas de estudo foram perdidas, acalme-se. Ainda é possível recuperar muita coisa. É preciso garra para superar o desânimo e o cansaço. Se não conseguir melhorar, não tenha vergonha de procurar ajuda e conversar. Seja pontual, mantenha-se concentrado e não falte às aulas. Cada minuto é importante, toda aula tem algo novo.

DISCIPLINA

Depois das aulas é necessário estudo. Estudo intenso, concentrado. Estabeleça e cumpra um cronograma de tarefas. Para não se cansar muito, a cada 1h ou 2h, no máximo, faça uma pequena pausa e mude de matéria. Intercalar exatas e humanas ao longo do dia também evita o estresse e confere maior dinamismo aos estudos.

FOCO

Dê mais peso aos assuntos de maior incidência nas provas, estudando-os com mais cuidado. Não perca tempo com notas de rodapé; não invista muito tempo em temas que caem pouco nas provas. Evite os exercícios que você considera muito fáceis: tente se desafiar com questões mais exigentes.

ESTRATÉGIA

Vestibular não é só conteúdo, é estratégia também. E para desenvolver um método eficaz para enfrentar provas com eficiência, é preciso praticar continuamente. Reserve um tempo para fazer provas de anos anteriores dos vestibulares que você vai prestar. Conheça melhor sua realidade como estudante, seus pontos fortes e fracos. A partir desse treino, tenha clara a estratégia de prova que, para você, é mais eficiente. No dia do exame, ponha-a em prática. Não improvise.

REPERTÓRIO

Mantenha-se antenado. Acompanhe os principais acontecimentos políticos no Brasil e no mundo, os debates econômicos, as pautas sociais. Tome um “banho” de cultura: cinema, teatro, exposições, espetáculos de música, dança. O repertório amplo dá consistência ao pensamento e segurança na hora dos exames.

EQUILÍBRIO

Estudar como um louco é um grave erro. Depois de um mês, você não aguentará mais. Mantenha uma rotina equilibrada, com as devidas horas de descanso e lazer, mesmo nessa reta final. Não se isole; o convívio com familiares e amigos é fundamental para suportar a pressão.

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Não passei no vestibular. E agora? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/01/31/nao-passei-no-vestibular-e-agora/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/01/31/nao-passei-no-vestibular-e-agora/#respond Thu, 31 Jan 2019 16:17:19 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1803

O aluno, quando não aprovado no vestibular, precisa de um período para lidar com essa frustração, pois, nesse tempo, pode surgir um misto de sentimentos (raiva, tristeza e desesperança).

É muito importante realizar uma autoanálise do que foi feito no ano anterior – a postura em relação aos estudos, o planejamento inicial e o cumprimento dele. A partir dessa autoanálise, deve-se pensar em como se portar no próximo ano de cursinho: rever suas próprias metas, reorganizar o tempo e o método de estudo, e também mudar hábitos que não contribuam para a melhora do seu desempenho.

O aluno precisa descansar e receber apoio de familiares e amigos, de modo que contribuam para superar este período e ingressar no cursinho de maneira motivada.

Caso se sinta com energia e disposição para retomar o contato com os estudos, pode fazê-lo ainda antes de as aulas começarem, para estabelecer um ritmo de estudos e aproximar-se de conteúdos que julgar mais relevantes. Se o aluno prestar os vestibulares da Fuvest e Unicamp, uma sugestão é iniciar a leitura dos livros cobrados nessas provas, pois, durante o período de aulas, isso se torna mais difícil.

Finalizando, quem precisar fazer mais um ano de cursinho não deve se sentir diminuído, e sim conscientizar-se de que essa experiência deve ser aproveitada a seu favor, para torná-lo mais pragmático e assertivo nos estudos.

*Com a colaboração de Viktor Lemos e Bárbara Nanci

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O que estudar em matéria de Ecologia? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/09/04/o-que-vale-a-pena-estudar-em-ecologia/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/09/04/o-que-vale-a-pena-estudar-em-ecologia/#respond Mon, 04 Sep 2017 20:09:14 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1310

O jardim do Éden com a Queda do homem, óleo sobre lâmina de cobre de Jan Brueghel, o velho

Ecologia tem sido um tema bastante recorrente nos vestibulares e um destaque nas provas do Enem, nos últimos anos.

Os subtemas poluição e preservação ambiental têm sido avaliados, sempre de forma moderna e contextualizada, especialmente relacionados aos ciclos biogeoquímicos. Assim, é comum falar de aquecimento global usando o ciclo do carbono como pano de fundo, ou falar de eutrofização relacionada com o ciclo da água.

Menos frequente, mas não menos importante, a poluição e a preservação têm sido relacionadas com a matriz energética (combustíveis, formas de obtenção de energia elétrica, especialmente associados à poluição do ar) e ao saneamento básico (ciclo da água, ciclo do nitrogênio e lixo, associado com a poluição do solo).

Fica claro que a leitura de jornais e revistas (digitais ou impressos) ou pelo menos o acompanhamento das questões ambientais pela TV se faz necessário, pois os contextos têm sido bastante atuais. Além disso, o estudante não deve descuidar dos fundamentos teóricos.

As interações ecológicas (alelobiose) também são bastante recorrentes. É interessante notar que elas têm aparecido acompanhadas de textos que narram a relação entre os seres vivos (predação e parasitismo são os que aparecem mais, mas não podemos falar em uma tendência), ou em gráficos que comparam o crescimento das populações isoladas, ou com o ser vivo com a qual interagem.

Em ambos os casos, exige-se do aluno que ele saiba ler esses dois tipos de textos (narrativo e gráfico) para solucionar os problemas, habilidade que tem sido cada vez mais importante para o sucesso nos vestibulares.

Quando se fala de fluxo de energia, os exercícios têm sido mais sobre cadeias alimentares e menos sobre teias, mais voltados para o papel dos produtores e dos decompositores. Geralmente, essas questões aparecem na forma de textos, tal como ocorre com as interações ecológicas.

Materiais online

O site O Eco costuma trazer reportagens atualizadas sobre as questões ambientais, especialmente sobre aquecimento global e poluição das águas;

Ciclo do nitrogênio (em inglês)

Para desenvolver bem as propostas de Ecologia, é preciso que o estudante fique antenado com as questões ambientais da sua região e do planeta, além de ter boa leitura de textos verbais e gráficos. Bom trabalho!

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