dicas – Dicas de Vestibular http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br Neste espaço, o vestibulando vai encontrar orientações, conteúdos que mais caem nas provas e dicas para se sair bem nos processos seletivos e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O conteúdo também pode ser útil aos interessados em provas de concursos. Fri, 31 Mar 2023 16:58:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Dicas para ser mais produtivo no estudo por videoaulas http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/06/08/dicas-para-ser-mais-produtivo-no-estudo-por-videoaulas/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2021/06/08/dicas-para-ser-mais-produtivo-no-estudo-por-videoaulas/#respond Tue, 08 Jun 2021 16:40:42 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2550 Por Danilo Dacar, professor do Anglo Vestibulares

O Estudo online exige do vestibulando condições e habilidades particulares do universo digital: autonomia e personalização são as palavras que dominam a rotina do EAD. Embora o estudo através do meio digital esteja presente na vida de um número cada vez maior de pessoas, para muitos, estudar em casa e online ainda é uma novidade. Para ser mais produtivo e aproveitar cada benefício do estudo remoto por meio de videoaulas, são necessárias algumas ações que tornarão a vida do aluno muito melhor.

A primeira recomendação tem a ver com o estabelecimento de uma rotina. Tenha sempre na agenda os horários e a sequência de vídeos que serão assistidos, sempre intercalando as videoaulas de matérias definidas como fáceis, médias e difíceis.  Não deixe de mesclar áreas de conhecimento durante o estudo. Um exemplo é que em um certo período de estudos seja intercalado videoaulas de humanas, exatas e, no outro, linguagem e biológicas. Isso faz com que se tenha uma melhor atenção à aula apresentada e, consequentemente, melhor retenção do conteúdo desenvolvido. Também é importante que se façam pausas programadas durante o período de estudos. Para cada videoaula assistida, pare para analisar o que foi visto e se o conteúdo foi compreendido. Após algum tempo, faça uma pausa mais longa (em torno de 30 minutos) para ir ao banheiro, se alimentar, se movimentar e relaxar.

Outro fator muito relevante tem a ver com o ambiente escolhido para estudar. O ambiente digital exige, além de um local apropriado, um device (dispositivo) adequado. Opte sempre por desktop (computadores de mesa) ou notebooks, pois às vezes tablets e celulares não possuem as configurações adequadas para uma melhor experiência digital. Outro ponto é uma banda larga com uma velocidade de internet que corresponda à necessidade dos programas de vídeo que estão sendo utilizados.

Ainda, em home office, é muito fácil se deixar levar pela TV ligada, pelos jogos no PC ou pelo sofá sempre convidativo. A solução é preparar o ambiente para o estudo focado. Tenha um conjunto de mesa e cadeira confortáveis, atente-se sempre à postura adequada para evitar lesões, desligue as distrações e estude em um ambiente bem iluminado e arejado. Se possível, coloque fone de ouvido para minimizar possíveis ruídos.

Por fim, é importante evitar a forma passiva de estudos. Somente assistir as videoaulas não garantirá uma aprendizagem significativa. Tenha sempre um caderno em mãos, listas de exercícios ou materiais recomendados pelos professores para agir de forma ativa durante as aulas. Esquemas, mapas mentais e conceituais ou até mesmo cópia da lousa ou das apresentações são maneiras de se garantir um envolvimento para aprendizagem do conteúdo assistido.

Além disso, é possível aproveitar os recursos tecnológicos para uma maior otimização de tempo. Acelerar o vídeo, maximizar a tela, aumentar ou reduzir a qualidade do vídeo são recursos importantes para que seja personalizada a experiência em assistir as videoaulas.

]]>
0
Fuvest: dicas para a hora da prova http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/fuvest-dicas-para-a-hora-da-prova/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/fuvest-dicas-para-a-hora-da-prova/#respond Thu, 21 Nov 2019 18:11:44 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=2074 * Por Heitor Ribeiro, professor do Anglo Vestibulares

A Fuvest é a principal porta de ingresso na Universidade de São Paulo, e é, também, o maior e mais tradicional vestibular paulista. Sendo assim, é muito comum candidatos sentirem preocupação, ansiedade e um grande nervosismo conforme a data da prova se aproxima. Para combater essa ansiedade, é importante sentir segurança e solidez em todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano. O estudante deve estar focado e ter clareza do que pode e deve fazer até chegar o dia do Exame.

Uma boa maneira de se preparar para a Fuvest é estudar provas antigas e tentar resolvê-las no tempo proposto pelo exame, uma vez que, dessa forma, o aluno revisa o conteúdo e entende um pouco mais do perfil da prova, além de aprender a lidar melhor com o tempo da avaliação. Essas edições antigas também permitem que o estudante treine uma estratégia de para o exame, e é importante que o aluno tenha sua própria estratégia.

É preferível não começar pelas matérias em que tem maior dificuldade, e, sim, com uma matéria intermediária, priorizando exercícios mais fáceis, nos quais ele não gaste muito tempo. Os assuntos de maior dificuldade devem ser deixados para o fim da prova. Uma estratégia sólida é fundamental para dar confiança ao aluno e impedir que ele fique nervoso ou inseguro e tenha aquela sensação de “branco”.

O estudante deve conhecer o local de prova e se planejar para chegar com uma hora de antecedência. Deve-se considerar que muitos outros também vão fazer a prova no mesmo local e, portanto, pode haver congestionamentos e contratempos que podem atrapalhar sua chegada, ou deixar a pessoa ansiosa e preocupada com a situação. Planejar-se para chegar antes traz segurança e elimina o risco de perder a prova.

Durante o exame, é importante que o candidato esteja atento aos comandos das questões, que procure entender, primeiro, a questão e quais dados podem ser retirados dos excertos e enunciados, antes de ir buscar a resposta nas alternativas. Isso evita que ele caia em “pegadinhas” ou seja induzido a erro por uma alternativa incorreta.

Outra dica importante: o candidato deve, ainda, ter cuidados com a alimentação no dia da prova e no anterior. É indicado evitar alimentos pesados e gordurosos, e optar por comidas mais leves como frutas e cereais. Por fim, é imprescindível ter uma boa noite de sono. Chegar ao exame bem descansado é fundamental para minimizar o desgaste ao longo da prova e para que o candidato tenha tranquilidade, mantenha o ritmo e não perca questões por desatenção ou cansaço.

]]>
0
Sim, vale a pena estudar Filosofia! http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/08/14/sim-vale-a-pena-estudar-filosofia/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/08/14/sim-vale-a-pena-estudar-filosofia/#respond Mon, 14 Aug 2017 17:32:34 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1296

Detalhe de “A Escola de Atenas”, de Rafael / Reprdoução

Em meio às recentes discussões sobre a reforma do Ensino Médio no Brasil, chegou-se a propor a retirada da Filosofia como disciplina obrigatória do nosso currículo escolar, junto com a Sociologia. Após reações da sociedade, o Legislativo reafirmou a exigência das matérias nas escolas.

Dessa forma, como em anos anteriores, o estudante que vai participar do Sisu e de exames vestibulares nas próximas edições deve, sim, dedicar-se ao estudo da Filosofia. Mas, considerando tantos conteúdos obrigatórios de todas as disciplinas, e diante de uma tradição de pensamento de mais de 2500 anos, o que o aluno deve priorizar?

A melhor forma de responder a isso é analisar o que vem sendo cobrado nos últimos anos. Os temas variam um pouco. Porém, ainda assim, é possível observar tendências e temáticas mais recorrentes. Devemos lembrar, antes de tudo, que as questões de Filosofia não costumam exigir apenas a memorização, tampouco apenas a capacidade de interpretação de textos. Geralmente, o estudante deve ser capaz de ler e compreender trechos de obras filosóficas e de comentadores, identificar seus conceitos mais relevantes, comparar obras e concepções, além de relacionar textos filosóficos a textos de outros campos, como poesias e letras de canções. Sendo assim, são questões de complexidade razoável, que exigem preparo e treinamento. Dito isso, um primeiro grupo de temas que merece destaque são aqueles relativos ao surgimento da Filosofia e aos primeiros filósofos.

“O Desprezo” (1963) / Reprodução

Grécia Antiga

É interessante estudar e compreender, por exemplo, o que diferencia a Filosofia e a Mitologia na Grécia Antiga, com ênfase para a importância da racionalidade das explicações filosóficas. Entre os primeiros filósofos, deve-se conhecer as linhas gerais dos chamados pensadores pré-socráticos. Aqui vale destacar duas questões: o problema do princípio (ou arché), iniciado pela ideia de Tales de que tudo se origina da água, e o problema do ser, evidenciado no debate entre Heráclito e Parmênides.

Montagem da gravura de René Descartes com o frontspício de “De Homine” / Reprodução

Teoria do Conhecimento

Outro assunto constantemente cobrado nas provas é a Teoria do Conhecimento, ramo da Filosofia que se pergunta, por exemplo, sobre o que somos capazes de saber e quais formas de conhecimento são mais válidas. Desse debate, destacam-se dois momentos: a Filosofia Antiga e a Moderna.

Quanto à primeira, é inescapável estudar a Teoria das Ideias de Platão, com ênfase sobre o Mito ou Alegoria da Caverna. Já na modernidade, é preciso compreender os fundamentos e os principais filósofos envolvidos no debate entre Racionalismo (Descartes) e Empirismo (Locke e Hume, principalmente). E, por fim, as provas também cobram um entendimento dos debates que questionaram esse pensamento moderno, realizados por pensadores como Nietzsche, Foucault e os autores da Escola de Frankfurt (como Adorno e Horkheimer).

Em linhas gerais, é preciso desenvolver uma visão crítica, ainda que panorâmica, sobre o surgimento da racionalidade ocidental, seus desenvolvimentos e as críticas feitas a ele.

Filosofia Política

A Filosofia Política também deve, naturalmente, fazer parte dos estudos, desde as ideias gerais de Platão e Aristóteles, até as concepções modernas. Destas últimas, destaca-se, em primeiro lugar, o surgimento do pensamento moderno sobre o político, com a obra de Maquiavel. A seguir, terá papel importante o debate sobre os fundamentos racionais da convivência social e da legitimidade do Estado, na obra dos chamados Contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau.

Detalhe do frontispício de “Leviatã”, de Thomas Hobbes / Reprodução

Ética

Por fim, mas não menos importante, tem sido constante a presença de questões sobre Ética. Da Antiguidade Grega, destaca-se a Filosofia de Aristóteles, com seus preceitos de justiça e virtude. Da modernidade em diante, é importante conhecer o debate entre filósofos que defendem uma ética de princípios ou deontológica (especialmente Kant) e aqueles que defendem uma ética relacionada às consequências das ações (especialmente os utilitaristas).

Esse conjunto de temas constitui o eixo central do que vem aparecendo nas questões do Enem e de vestibulares que cobram filosofia. É preciso estar atento, contudo, para o perfil particular de algumas provas. No caso da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), por exemplo, há questões sobre Filosofia da Ciência e correntes modernas do pensamento político, como liberalismo e socialismo. Já na Universidade Estadual de Londrina (UEL), os temas filosóficos são mais aprofundados e diversificados, incluindo conhecimentos do campo da lógica (especialmente aristotélica) e da estética, entre outros. A regra aqui sempre é priorizar os exames que são os principais objetivos de cada um, resolvendo exercícios de provas anteriores e observando os editais específicos.

São, de fato, muitos assuntos, ainda mais considerando a carga de estudos das demais disciplinas. Contudo é preciso notar que acertar questões de Filosofia pode ser um diferencial para quem opta por cursos mais concorridos. Mais do que isso, estudar Filosofia amplia os horizontes intelectuais e a capacidade de pensamento crítico, possibilita melhor compreensão de outras matérias, como Literatura e História, além de conferir repertório cultural para a Redação. Vale lembrar que, na sua última edição, a proposta de Redação para ingresso na Universidade de São Paulo (USP) tinha como base um texto de Kant, com o tema “O homem saiu de sua menoridade?”. Ou seja, mesmo exames que não cobram diretamente Filosofia, consideram fundamental  a familiaridade com as questões que marcaram e marcam a história do pensamento ocidental.

]]>
0
Plasma: o estado físico predominante no universo http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/07/17/plasma-o-estado-fisico-predominante-no-universo/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/07/17/plasma-o-estado-fisico-predominante-no-universo/#respond Mon, 17 Jul 2017 16:30:20 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1255

Raios e os arranha-céus de Atlanta, nos EUA / David Selby: Wikimedia Commons

A natureza costuma nos presentear com diversas imagens que são, ao mesmo tempo, belas e assustadoras. Os raios são um dos grandes exemplos disso. Talvez você já tenha se perguntado: do que é feito um raio? Qual seu estado físico, sólido, líquido ou gasoso?

Na realidade, nenhum dos três… O estado físico dos raios é chamado de plasma. Ele constitui o estado físico predominante no universo. Além dos raios, na natureza encontramos plasma na ionosfera, nas auroras boreal e austral, no fogo fátuo, nas estrelas, por consequência das reações de fusão nuclear, no vento solar nas nebulosas interestelares. O homem já desenvolveu tecnologia que utiliza plasma: telas de televisão de plasma, arco elétrico em lâmpadas a arco voltaico, arco de solda, lâmpadas fluorescentes.

No plasma encontramos moléculas de gás, gás ionizado e elétrons. Possui em sua estrutura tanto partículas com carga elétrica positiva (gás ionizado) quanto partículas com carga elétrica negativa (elétrons), mas em quantidades praticamente iguais, tornando-o eletricamente neutro. Como os gases, os plasmas possuem forma e volume dos recipientes que os contém (quando for o caso). Mas as semelhanças com os gases terminam por aí. Devido a sua estrutura contendo portadores de carga elétrica, o plasma é bastante condutor elétrico, enquanto um gás possui condutividade elétrica muito baixa. Os gases são constituídos por um único tipo de partícula, a molécula que o constitui, enquanto o plasma é formado por três (moléculas de gás, gás ionizado e elétrons).

Globo de plasma

Basicamente, para se obter plasma é necessário aquecer razoavelmente um gás, provocando a quebra das ligações atômicas, e também levando à ionização de parte desses átomos. É o que acontece, por exemplo, no nosso Sol. Artificialmente, pode-se produzir plasma através do estabelecimento de uma corrente elétrica em um gás. Como um gás é um material dielétrico, ou seja, um material não condutor elétrico, deve-se utilizar um gerador que forneça uma determinada diferença de potencial (ddp), para formar um campo elétrico na região onde está o gás, intenso o suficiente para ionizá-lo e transformá-lo em plasma. Quando tal transformação ocorre, estabelece-se uma corrente elétrico através do plasma, formando um arco elétrico luminoso entre os polos do gerador.

Em uma tempestade elétrica, nuvens adquirem cargas elétricas elevadas, levando à formação de um campo elétrico entre as nuvens, ou entre as nuvens e o solo. Se esse campo elétrico for intenso o suficiente, o ar da região é ionizado, formando plasma, que, por ser condutor, permite que ocorram as descargas elétricas. Essas descargas elétricas são chamadas de raios.
Agora que você já aprendeu um pouquinho sobre plasmas, aprofunde seus conhecimentos e tente explicar o que acontece em um globo de plasma, como o da figura a seguir.

 

]]>
0
Saber ver um filme http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/27/saber-ver-um-filme/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/27/saber-ver-um-filme/#respond Tue, 27 Jun 2017 15:19:17 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1200

Cinema Paradiso (1988)/ Divulgação

– Professor, você pode me indicar um filme a respeito do assunto da aula de hoje?

Essa pergunta é recorrente, particularmente para professores de História.

Gladiador (2000) / Divulgação

Se o aluno enxergar o filme como uma espécie de atalho para aprender o assunto, a película terá pouca utilidade. Um filme como Gladiador (EUA, 2000), por exemplo, não vai substituir a leitura sobre os impactos da política do “pão e circo” na Roma Antiga. Mas ele pode ser motivador de leituras sobre as inspirações do diretor, das distâncias e proximidades entre a ficção cinematográfica e a realidade romana. Nesse caso, ele cumpre papel importante na formação de qualquer estudante.

Aprender a lidar com as leituras cinematográficas da História pode ser uma ferramenta para compreender as diferentes representações do passado. Como diz uma canção de Tom Jobim, os olhos não podem ver as coisas bonitas que os olhos não sabem ver. Saber ver um filme é realizar um estudo interdisciplinar. Em busca de compreender, o aluno irá usar conhecimentos de estrutura narrativa – obtidos nos cursos de Língua Portuguesa -, conhecimentos geográficos dos locais em que as filmagens foram ambientadas, elementos históricos da região, dos personagens… bem como toda uma infinidade de outras possibilidades.

Adolf Hitler, em traje de gala, passa em revista a guarda de honra, em Berlim. / FSP-Mais!-21.07.96

A lista de filmes que poderia indicar também é “infinita”, mas vou me limitar a uma única indicação: o documentário Arquitetura da destruição (Suécia, 1989). Primeiro, por tratar-se de um documentário, gênero importante para quem pretende debruçar-se sobre as características de uma determina época ou lugar. Segundo, pela incrível qualidade da estrutura narrativa do filme. Sem falar da importância do tema abordado. O diretor, Peter Cohen, traçou um perfil da trajetória de Hitler e suas relações com a arte. O filme é inspirador para aqueles que desejam estudar o nazismo e suas implicações. Se o filme motivar pesquisas iconográficas, leituras e reflexões pessoais, você estará aprendendo a saber ver um filme.

]]>
0
Como interpretar figuras tridimensionais nos vestibulares? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/20/como-interpretar-figuras-tridimensionais-nos-vestibulares-2/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/20/como-interpretar-figuras-tridimensionais-nos-vestibulares-2/#respond Tue, 20 Jun 2017 15:29:30 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1187

Geometria do Espaço é um daqueles temas que sempre são cobrados nos vestibulares e no ENEM. Portanto, ter domínio desse assunto e ter algumas estratégias na hora de encarar as questões faz grande diferença em seu desempenho.

Nesse contexto, há uma pergunta que sempre é feita pelos alunos:

É possível criar estratégias para reconhecer propriedades de figuras tridimensionais?

A resposta é um grande SIM! Com algumas dicas e um pouco de organização você pode acertar muitas questões de Geometria do Espaço. Vamos a elas.

I. A primeira dica é algo que vale para todas as disciplinas, fique atento ao que está acontecendo no mundo. Um grande exemplo são as Olimpíadas no Rio, a quantidade de situações em que a Geometria Espacial surge naturalmente é enorme, desde o cálculo do volume de uma bola de basquete, passando pela quantidade de água numa piscina até a representação do movimento do giro de um atleta no lançamento do disco.

II. Sempre que possível, faça uma boa figura para representar o problema. Em muitos exercícios, reconhecer triângulos em um corte num sólido, permite aplicar relações de semelhança ou o teorema de Pitágoras e, a partir daí, responder as perguntas feitas.

Representação de uma secção meridiana de um cone e uma esfera inscrita nesse cone. Os triângulos retângulos ADO e ABC são semelhantes.

 

III. Cuidado com pequenas confusões! Fique ligado: quando você lê prisma, não desenhe uma pirâmide! (o mesmo vale para cilindro e cone).

IV. Para exercícios que cobrem a descrição de movimentos no espaço tridimensional e suas representações em um plano, procure colocar-se na situação do observador, posicionando o objeto entre você e o plano. Por exemplo:

Em uma gangorra, se buscamos a projeção do movimento no solo, imagine-se olhando de cima. Caso a projeção seja em um muro, “coloque-se” de modo a ter a gangorra entre você e o muro.

V. Em provas de múltipla escolha, cuidado com as alternativas! Frequentemente as bancas examinadoras colocam alternativas erradas em que algum equívoco previsível foi cometido. Ele pode ser um erro de cálculo, uma interpretação errada no texto ou uma projeção diferente da que foi pedida.

Com estas dicas e um pouco de treino, e claro conhecendo a teoria, você certamente conseguirá acertar muitos exercícios nos vestibulares.

Agora é com você, bom trabalho e sucesso!

]]>
0
Dicas para estudar inglês de forma descontraída nas férias http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/12/dicas-para-estudar-ingles-de-forma-descontraida-nas-ferias/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/12/dicas-para-estudar-ingles-de-forma-descontraida-nas-ferias/#respond Mon, 12 Jun 2017 17:57:20 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1179

O tempo em que você estará de férias tem que ser bem aproveitado, não acha? Descansar, claro, está entre as suas prioridades. Afinal de contas, você teve um semestre atribulado e o que vem por aí não vai ser nada fácil. Quando menos esperar, as provas de vestibulares e o Enem estão chegando. Portanto, além do merecido descanso, vale a pena manter um pouco do ritmo que você conseguiu adotar até aqui.

Manter o ritmo, ainda que com mais calma, é extremamente importante. Com relação à Língua Estrangeira-Inglês algumas coisas podem ser feitas para não perder o que se conquistou. Siga estas instruções:

Ler – tente ler artigos na internet que o(a) atraiam. Ao fazer isso, não se prenda a vocábulos que porventura não conhecer. Tente ler o texto todo e retirar as informações que achar pertinentes. Sites como o washingtonpost.com, scientificamerican.com, economist.com e nature.com sempre trazem temas interessantes, importantes e de grande incidência nos exames.

Rever – aproveite para rever o que foi aprendido durante o semestre. Releia os textos que foram propostos, refaça os exercícios. Dessa forma, você entrará no segundo semestre com uma bagagem maior e isso poderá ajudá-lo(la) muito.

Ouvir – Ouça músicas de que você gosta e tente entender o que é cantado. Caso tenha dificuldade, entre no youtube, escreva o nome da música, seguido da palavra lyrics (letra). Isso pode ajudar. Ouvir música é uma boa ajuda no aprendizado de língua.

Assistir – Assista a filmes americanos, ingleses, australianos de preferência sem legendas. Uma dica importante: ponha as legendas também em inglês. Assistir a filmes fará com que você mantenha contato com a língua.

Falar – Tente entrar em contato com pessoas falantes do inglês. Você pode usar a internet para isso, através das redes sociais. Não tenha medo! Caso nunca tenha tido tal experiência, você talvez “sofra” no início, mas logo perceberá que já está bem melhor. Falar é imprescindível para um bom aprendizado da língua.

Seguindo as orientações, você certamente estará bem melhor para encarar o próximo semestre. Aprender inglês não deve ser um fardo. Você tem que aprender a partir de coisas que o fazem bem. Pouco a pouco, quando menos perceber, já terá dado um “salto” enorme.

No mais, caro(a) estudante, aproveite as férias. Relaxe, descanse, aproveite para fazer coisas de que gosta. Lembre: o próximo semestre não será fácil…

Abraço e boas férias.

]]>
0
A “Era Trump”: o polêmico novo presidente dos Estados Unidos http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/05/a-era-trump-o-polemico-novo-presidente-dos-estados-unidos/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/06/05/a-era-trump-o-polemico-novo-presidente-dos-estados-unidos/#respond Mon, 05 Jun 2017 16:08:32 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1172

Em 29 de abril Donald Trump completou 100 dias à frente da Casa Branca.

Diante da grande expectativa em relação ao seu governo, gerada pelas polêmicas promessas de campanha, vamos seguir a tradição política e fazer uma breve retrospectiva daquele que ainda promete ser um dos mais controversos mandatos presidenciais da história dos Estados Unidos.

O azarão

O bilionário nova-iorquino Donald Trump, 70 anos, era considerado um “azarão” nas apostas internas do próprio Partido Republicano na corrida para as eleições presidenciais de 2016. Porém, ele surpreendeu ao vencer as primárias, derrotando candidatos poderosos dentro do partido como Jeb Bush (ex-governador da Flórida, irmão de George W. Bush e filho de George Bush, ambos ex-presidentes).

Três meses mais tarde causou novo frisson entre os analistas políticos ao derrotar a democrata Hillary Clinton, ex-primeira dama e primeira mulher candidata à presidência dos Estados Unidos.

Uma pesquisa divulgada pela Associated Press mostra que 63% dos homens brancos acima de 45 anos votaram em Trump, que também recebeu o voto de 42% das mulheres apesar de seus discursos machistas e das mais de 10 acusações de assédio sexual.

Promessas de campanha

Durante a campanha eleitoral, Trump não se esforçou em ser politicamente correto, pelo contrário, usou e abusou de frases – no mínimo controversas – para ganhar a atenção da mídia. E conseguiu. Em suas falas, ele insinuou racismo, homofobia, xenofobia e machismo. Alegou ser tradicionalista e defensor dos interesses nacionais.

Na política externa, ele prometeu erguer um muro na fronteira com o México (que seria pago pelos próprios mexicanos), suspender acordos comerciais como o NAFTA (Tratado de livre comércio da América do Norte criado nos anos 1990 com México e Canadá) e destruir o Estado Islâmico (grupo terrorista que atualmente luta para manter o controle de territórios entre o Iraque e a Síria). Chegou também a acusar a China como principal responsável pelos altos índices de desemprego entre os operários norte-americanos.

Para atrair um eleitorado mais conservador, disse que iria trazer de volta os empregos na indústria (principalmente na tradicional região industrial do Manufacturing Belt), aumentar o protecionismo no comércio exterior, cortar impostos e sancionar leis pró-armas.

Assim, conseguiu um apoio fiel dos conservadores além atrair os holofotes da imprensa do mundo tudo. No entanto, Trump deixou muita gente assustada com essas promessas radicais e um discurso antiglobalização.. Analistas apontam, inclusive, que um dos principais fatores do seu sucesso eleitoral foi exatamente a grande exposição midiática de sua imagem.

Pontos importantes

Vale ressaltar aqui dois pontos importantes de todo esse processo: Primeiro, o excêntrico Trump já tinha uma importante experiência diante das câmeras; pois, durante alguns anos, foi apresentador de um reality show na tv norte-americana chamado “O aprendiz”. Nesse programa ele demitia os candidatos ao vivo. Seu bordão “You’re fired” (Você está na rua!!!!) ficou famoso. Segundo, refere-se ao complicado sistema eleitoral dos Estados Unidos. Trump repetiu o feito do também republicano George Bush nas eleições de 2000. Venceu porque assegurou a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, mesmo tendo perdido no voto popular. Foram dois milhões a menos de votos do que sua concorrente Hillary Clinton.

Discurso de posse e protestos

A expectativa pela posse do novo presidente foi marcada por protestos considerados inéditos na história política estadunidense. Organizações sociais formadas por mulheres, minorias raciais e religiosas, imigrantes e ecologistas foram às ruas de Washington (capital federal) e espalharam cartazes com dizeres do tipo: “Pare o governo Trump antes do início”, “Diga não ao Fascismo”. Ou ainda: “Defenda-se contra Trump”.

Apesar das numerosas manifestações contrárias, na 6ª feira, 20 de janeiro, o magnata sem experiência política (pois nunca havia ocupado nenhum cargo público) tomou posse como 45º presidente dos Estados Unidos.

Trump fez um discurso de posse agressivo, falou em protecionismo e, em nenhum momento, pronunciou a palavra democracia. Criticou os investimentos públicos desperdiçados fora do país, dizendo que faziam falta à economia interna, e ressaltou que pretende fazer da América (que é como os estadunidenses referem-se ao próprio país) novamente um lugar forte, rico, orgulhoso e seguro.

No entanto, foi comedido o suficiente para não soltar, em plena cerimônia de posse, um “America First” (América em primeiro lugar) frase nacionalista que marcou sua campanha eleitoral.

Os primeiros 100 dias

Existe uma tradição na política dos Estados Unidos, inaugurada na década de 1930 pelo então presidente Franklin Delano Roosevelt, de fazer um primeiro balanço do governo após 100 dias de mandato. Nesse primeiro teste a impressão sobre a “Era Trump” não é das melhores.

Seu índice de aprovação popular, cerca de 40% – de acordo com o Instituto Gallup, é o mais baixo para o período, desde a Segunda Guerra Mundial. Esse apoio, mesmo que pequeno, é atribuído a um eleitorado fiel que aposta nas mudanças prometidas em campanha.

Por falar em promessas de campanha, pelo menos até agora, Trump teve que recuar ou rever quase todas elas.

Obamacare

O programa de reforma na Saúde implementado por Barack Obama em 2014 garantiu que todos os norte-americanos tivessem acesso a um seguro de saúde. Como nos EUA não há um Serviço Nacional de Saúde Pública, a falta de cobertura afetava cerca de 15% da população que não era atendida nem pelos programas de saúde estatais para os mais pobres (Medicaid) e para os mais velhos (Medicare), nem pelos seguros de saúde das empresas privadas.

Alegando um aumento significativo nos gastos públicos com saúde, Trump contava com o apoio do Congresso formado por uma maioria republicana, para derrubar o chamado “Obamacare”, mas fracassou.

Refugiados

Para conter a entrada de refugiados, Trump também decretou uma ordem executiva suspendendo por 4 meses a entrada nos EUA de refugiados vindos de vários países de população predominantemente muçulmana, tanto do Oriente Médio quanto da África, tais como Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Por duas vezes, em menos de 2 meses, essa ordem executiva foi suspensa por juízes federais.

Muro na fronteira com o México

Com relação ao México, a construção do polêmico muro na fronteira nem começou, tão pouco o governo mexicano irá pagar por ela, conforme Trump anunciou durante sua campanha. Pelo contrário, o presidente dos EUA ainda não conseguiu a aprovação orçamentária para os cerca de 20 bilhões de dólares necessários para a obra.

Protecionismo

Já no que diz respeito à renegociação de acordos internacionais de comércio, o novo governo dos EUA resolveu abandonar o TPP, a sigla em inglês para o acordo voltado a eliminar a maioria das tarifas comerciais entre EUA, Canadá, México, Japão, Austrália e vários países da Ásia e da América do Sul como Peru e Chile.

Política externa

Na política externa, Trump alternou agressividade e diplomacia. Recebeu o presidente chinês Xi Jinping na Flórida e recuou no discurso de responsabilizar o principal parceiro comercial pelo desemprego nos EUA. Além disso pediu apoio político nas questões sobre a Coreia do Norte. Nesse sentido, o líder norte-americano chegou a afirmar que estaria pronto para agir contra o regime de Pyongyang, com ou sem a China, caso os testes nucleares norte-coreanos continuem a ameaçar a tranquilidade do Japão e da Coreia do Sul.

Trump promoveu várias ações no Oriente Médio, uma delas foi um inesperado ataque de mísseis contra a Síria. A justificativa era atingir uma base aérea de onde, dias antes, teriam saído aviões sírios para um ataque com armas químicas que mataram mais de 80 civis no interior do país do líder Bashar al Assad.

No Afeganistão, Trump mostrou outro sinal de força. Alegando combater rebeldes ligados ao Estado Islâmico, os EUA usaram uma bomba aérea chamada de “mãe de todas as bombas”, pois seria a bomba não-nuclear mais potente já usada até hoje pelos EUA. O ataque teria matado cerca de 100 rebeldes na província afegã de Nangarhar.

Rússia

As suspeitas relações com a Rússia provocaram a primeira baixa na equipe de governo de Trump. Michael Flynn, que ocupava o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, renunciou antes de completar o primeiro mês de trabalho. Flynn foi acusado de ter mantido contatos extraoficiais com o embaixador russo nos Estados Unidos antes de Trump assumir a Presidência e também ter discutido possíveis sanções contra Moscou sem autorização da Casa Branca.

Impeachment

Aliás, as relações com o governo de Vladimir Putin continuaram provocando situações embaraçosas. A admiração de Trump pelo líder Russo já é conhecida, há suspeitas inclusive de que Putin teria doado dinheiro à campanha do candidato republicano. Porém, a aproximação entre os líderes teria atingido um limite grave. O jornal “The Washington Post” revelou em maio que Trump teria divulgado informações sigilosas de uma operação contra o Estado Islâmico durante encontro com funcionários da alta cúpula do governo russo. Essas informações colocariam em risco a própria segurança nacional dos EUA e seriam suficientes para abrir um processo de impeachment contra Donald Trump. Putin rapidamente se colocou à disposição para esclarecer a situação, mas as suspeitas permanecem, tornando a desconfiança dos estadunidenses sobre Trump e sua equipe maior ainda.

O Futuro

Com relação ao futuro, Trump continua a afirmar que não desistiu de cumprir suas promessas de campanha, porém já admitiu que comandar um país é muito mais complexo do que comandar uma empresa. As estruturas institucionais representam limites ao seu poder, e nem mesmo o seu próprio partido tem oferecido apoio irrestrito ao novo presidente. Resta saber se Trump vai desistir antes ou, com suas ações intempestivas, vai produzir novos fatos que provoquem sua saída antecipada do comando do país mais poderoso do mundo.

]]>
0
Como a Geometria Analítica pode cair nos vestibulares? http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/05/29/como-a-geometria-analitica-pode-cair-nos-vestibulares/ http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/05/29/como-a-geometria-analitica-pode-cair-nos-vestibulares/#respond Mon, 29 May 2017 20:54:51 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1161

Anualmente, no momento em que devo abordar o tópico Geometria Analítica no cursinho, percebo um certo desconforto por parte dos alunos. O simples anunciar de que, a partir daquela data, por algumas semanas, será ministrado esse “setor” da matemática já causa certa burburinho juntamente com algumas reclamações mais enfáticas e sonoras. No colégio, quando introduzido pela primeira vez, isso obviamente não acontece, mas é ali que muitos começam a pegar bronca da disciplina.

Entretanto, olhando para a Geometria Analítica (G.A) em contraponto com a Geometria Plana e a Geometria Espacial, em termos de conteúdo, temos que a primeira é mais simples que as últimas duas. A teoria da GA, em sua grande maioria, recai em quatro eixos, eles são: Retas, Circunferências, Distâncias e Áreas. Na verdade, esmiuçando um pouco mais, fiz um levantamento do que tem aparecido nos últimos três anos em provas como ENEM, FUVEST, ITA, IME, UEL, UEMG, UERJ, UFRGS, UNESP, UNICAMP e UNIFESP. Das 58 questões relativas a esse assunto, podemos ver as porcentagens de cada um dos subtópicos no gráfico abaixo:

Claro que há questões que envolvem mais de um desses subtópicos. Mas, ainda assim, olhando friamente, podemos ter a certeza de que não nenhum deles exige um grande número de fórmulas tampouco de verbetes. Então, qual é o cerne da dificuldade dos alunos? Acredito que isso se deva a dois fatores principais:

  • Primeiro: O assunto Geometria já costuma ser o que exige mais do aluno, por cobrar certa visão dos vestibulandos além exigir certa criação, como traçar uma paralela ou perpendicular, ainda que o enunciado não tivesse alertado.
  • Segundo: A Geometria Analítica é, sem sombra de dúvidas, a que mais relaciona diferentes subtópicos. Isso dentro da própria GA mas também em uma interlocução direta com outras geometrias e mesmo outros setores da matemática.

Os exemplos disto são diversos. Só falando a respeito desses anos e dessas provas podemos citar o ITA, que juntou a GA com PG; a UEMG, que relacionou GA com a Espacial; a UNESP, que juntou GA com função. E esses são só alguns dos casos mais emblemáticos. Essa grande diversidade de assuntos que por vezes acaba prejudicando o aluno. Fazer essa interlocução não é tarefa das mais simples e, às vezes, o fato de conhecer um único caminho pode fazer com o que vestibulando escolha o mais tortuoso.

Em uma prova que exige muito em um pequeno intervalo de tempo, conhecer uma gama maior de métodos é fundamental. O problema nem sempre é a falta de tempo, mas sim a falha no gerenciamento dele. Conhecer outras resoluções é jogar com a prova. Reconhecer qual é o caminho que você, vestibulando, tem mais facilidade e resolve mais rápido é o que vai te permitir resolver a questão com maior eficácia.

Dito tudo isso, vale uma ressalva. Esse tipo de interlocução é frequente na matemática. Por que a dificuldade maior está presente em GA!? E a resposta é que, além de isso ser mais frequente em GA do que nas demais áreas, vários dos outros assuntos que podem auxiliar na resolução são dados em outra área, que nem carregam “Geometria” em seu título. Que, eventualmente são ministradas até por outros professores e certamente em outros anos do Ensino Médio. A equação da reta dialoga com função, com semelhança de triângulos, com determinantes, eventualmente até com Números Complexos; A área determinada por retas pode ser obtida por Plana ou por uma associação com determinantes; Resolver um sistema exige um conhecimento sobre retas, circunferências, parábolas além de outras funções. E é esse salto que é difícil de o aluno fazer sozinho. É necessário praticar mais isso além de resolver uma mesma questão de mais uma maneira, até que fiquem consolidados os métodos e que cada um escolha sua preferência.

Só a FUVEST nos últimos seis anos cobrou 9 questões a respeito da GA. Essa alta incidência nos permite apostar com grandes chances de acerto, que esse tópico da matemática cairá novamente este ano. Então, você vestibulando, saiba que não há muita escapatória. Que terá de lidar com isso e que talvez seja melhor não carregar antigos rancores e lamentações a respeito disso. Fica então aqui um gráfico do que mais tem aparecido e uma maneira de te auxiliar a resolver o exercício, que é enxergar a intersecção entre esse tópico e outros que talvez sejam mais do seu agrado.

Bom estudo!

]]>
0
É preciso ser um bom leitor: texto lido é texto grifado! http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2017/04/25/1082/ Tue, 25 Apr 2017 15:16:41 +0000 http://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/?p=1082

Em breve, terá início a maratona dos vestibulares. Durante as provas, os candidatos estarão diante de textos de diferentes naturezas: narrativos, descritivos, dissertativos, injuntivos ou instrucionais, apresentados sob diversas formas: verbais, não-verbais e sincréticos. E eles estarão presentes em diversas situações de prova: nos enunciados, nos textos para análise, nas legendas das fotos e gráficos, na coletânea de textos da prova de redação, nas instruções gerais da prova…

Os exames vestibulares são, antes de tudo, provas de leitura. Isso significa que serão selecionados os melhores leitores, e ser um bom leitor significa cumprir instruções, fazer abstrações, compreender com profundidade os textos. Quantas vezes o candidato não errou uma questão de matemática, de biologia ou mesmo de geografia por ter feito uma leitura equivocada ou por não ter compreendido o comando de um enunciado?

Para fazer uma leitura adequada, é preciso levar em conta algumas características importantes de um texto:

a) A condição de produção: é necessário compreender os valores e os significados apresentados no texto, de acordo com o contexto de produção, ou seja, o momento histórico, a cultura em que foi produzido.

b) As relações interdiscursivas: há links entre o texto e a realidade que o cerca; é desejável identificar, na medida do possível, as relações interdisciplinares e intertextuais.

c) Os objetivos do enunciador: o texto pode ter a função de retratar uma realidade, de informar, de levar alguém a crer em determinada construção de “verdade”, de levar alguém a agir de determinada maneira, dentre outras.

d) A relação de interlocução: a relação entre o enunciador e o enunciatário, ou seja, entre o produtor do texto e o leitor determina os valores em jogo, a linguagem utilizada e até mesmo o gênero discursivo.

e) Os mecanismos e as estratégias linguísticas de construção: as escolhas lexicais, bem como as diversas combinações que podem ser produzidas, determinam a construção de significados e os efeitos de sentido do texto.

Vejamos como uma questão da Fuvest avalia a capacidade de leitura por meio do seguinte texto:

Tornando da malograda espera do tigre, alcançou o capanga um casal de velhinhos, que seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça.
— Mas chegará, homem? perguntou a velha.
— Há de se espichar bem, mulher!
Uma voz os interrompeu:
— Por este preço dou eu conta da roça!
— Ah! É nhô Jão!
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roçado.Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa,que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados.
José de Alencar, Til.
* moquirão: mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito).

Considerada no contexto, a palavra sublinhada no trecho “mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada” (L. 17-18) expressa ideia de
a) tempo.
b) qualidade.
c) intensidade.
d) modo.
e) negação.

Essa questão versa sobre a maneira como escolhas lexicais do autor do texto contribuem para a criação dos sentidos pretendidos. No texto,a palavra “mal” foi empregada com o valor temporal, como sinônimo da expressão “assim que”, estabelecendo quase uma simultaneidade entre a descoberta dos utensílios pelos “olhos” de Jão Fera e o ato de este dar as costas aos velhinhos e ir embora.

Sobre esse mesmo texto, uma nova questão:

As práticas de Jão Fera que permitem ao narrador classificá-lo como “capanga” assemelham-se, sobretudo,às da personagem citadina do
a) valentão Chico-Juca, nas Memórias de um sargento de milícias.
b) malandro Prudêncio, nas Memórias póstumas de Brás Cubas.
c) arrivista Miranda, em O cortiço.
d) agregado Zé Fernandes, em A cidade e as serras.
e) soldado amarelo, em Vidas secas.

Desta vez, o vestibular elaborou um tipo de questão em que, por meio dos efeitos semânticos das palavras, verifica-se a construção da imagem dos personagens: segundo o dicionário Aurélio, capanga é um “valentão que se coloca ao serviço de quem lhe paga”. Chico-Juca é um arruaceiro conhecido por arrumar confusões, ser muito violento e agressivo, sendo contratado por Leonardo Pataca para promover a desordem na festa da Cigana. Jão Fera, em Til, é um famoso matador de aluguel. Ambos, portanto, têm comportamentos que permitem incluí-los na categoria de capangas.

Por fim, algumas recomendações:

• O tempo é restrito, no entanto leia devagar, com atenção para não ter de repetir a leitura.
• Texto lido é texto grifado: grife partes importantes dos textos de apoio, termos de destaque e todos os comandos do enunciado.
• A gramática está a serviço do texto: atenção às relações semânticas estabelecidas por meio dos conectores sintáticos.

Boa leitura e boa prova!

 

]]>