Como ampliar o repertório na redação
* Por Aníbal Telles, professor do Anglo Vestibulares
Uma preocupação constante de qualquer estudante quando vai escrever sua dissertação é ser suficientemente relevante na exposição de suas ideias, ou seja, ele precisa ter o que dizer, apresentando argumentos com determinado grau de sustentação que produzam boa imagem no leitor.
Para auxiliá-lo nessa tarefa, as bancas oferecem coletâneas de textos bastante úteis para dar suporte às informações que, muitas vezes, ficam adormecidas em sua memória. Ainda assim, é comum a desagradável sensação de "vazio" ou de "senso comum" na exposição do repertório de ideias.
A maior parte dos alunos tem repertório mais do que suficiente para desenvolver seu texto, mas nem sempre é capaz de tirar proveito do que sabe, refletindo verdadeiramente sobre os conhecimentos que possui. Isso se deve ao hábito de recorrer a fórmulas prontas – que nem sempre funcionam – e ao nervosismo na hora de um exame.
Para escapar disso, é imprescindível que o estudante não apenas incremente seu legado cultural, mas sobretudo reflita sobre o que lê, confronte os discursos veiculados nos textos que circulam no debate social, identificando quais setores da sociedade compartilham de determinada corrente de pensamento e quais discordam dela.
Convém mencionar que enriquecer a bagagem cultural é um processo cotidiano e infinito. Muitas vezes, a noção reducionista de que isso só acontece em contextos formais, por meio da leitura de textos literários, artigos científicos, resenhas, limita o estudante. Para que ele não se restrinja a isso, é importante que adote um olhar crítico para as situações do cotidiano, como em debates nas redes sociais, exposições de artistas plásticos, sessões de cinema, ou até em conversas com amigos: quanto maior for a disposição para olhar o mundo, maior será o seu arcabouço teórico.
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